domingo, 25 de julho de 2010

A escrita no Egito Antigo

No antigo Egito existiam três formas de escrita: O Hieróglifo, o Demótico e o Hierático. Vejamos cada uma delas:

Hieróglifo é um termo que junta duas palavras gregas: ἱερός (hierós) "sagrado", e γλύφειν (glýphein) "escrita". Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados".

A escrita hieroglífica constitui provavelmente o mais antigo sistema organizado de escrita no mundo, e era usada principalmente para inscrições formais nas paredes de templos e túmulos. Com o tempo evoluiu para formas mais simplificadas, como o hierático, uma variante mais cursiva que se podia pintar em papiros ou placas de barro, e ainda mais tarde, com a influência grega crescente no Oriente Próximo, a escrita evoluiu para o demótico, fase em que os hieróglifos iniciais ficaram bastante estilizados, havendo mesmo a inclusão de alguns sinais gregos na escrita.

Hierático (do grego γράμματα ἱερατικά - grámata hiératiká - escrita sacerdotal) é a qualidade relativa às coisas sacerdotais, sagradas ou religiosas. Na arte, o hieratismo é estilo que obedece aos parâmetros religiosos do tema sempre com acentuada majestade e rigidez. Na literatura, diz-se hierática a escrita de difícil compreensão porque destinada ao leitor iniciado ou da classe sacerdotal.

A escrita hierática no Antigo Egito permitia aos escribas escrever rapidamente, simplificando os hieróglifos quando o faziam em papiros, e estava intimamente relacionada com a escrita hieroglífica. Foi durante longos períodos a escrita utilizada nos textos da administração e religiosos, e o seu nome foi utilizado pela primeira vez por Clemente de Alexandria no século II.

O alfabeto Demótico foi um tipo de escrita popular, para assuntos cotidianos. O termo "demótico" provém do grego "demotika", que significa "popular" ou relativo aos assuntos diários. O termo foi utilizado pela primeira vez por Heródoto. Representa uma evolução da língua falada. Também uma forma abreviada do Hieróglifo. De acordo com documentos encontrados por arqueólogos, começou a ser usado na dinastia XXVI.

Apesar do nome, a escrita no Egito antigo nunca foi popularizada: a classe dos escribas e sacerdotes detinham a habilidade de escrever, até mesmo alguns faraós foram analfabetos.

A PEDRA DE ROSETA

A Pedra de Roseta é um bloco de granito negro (muitas vezes identificado incorretamente como um "basalto") que proporcionou aos investigadores um mesmo texto escrito em egípcio demótico, grego e em hieróglifos egípcios. Como o grego era uma língua bem conhecida, a pedra serviu de chave para a decifração dos hieróglifos por Jean-François Champollion, em 1822 e por Thomas Young em 1823.

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