domingo, 25 de julho de 2010

As pirâmides de Gizé

"O homem teme o tempo, e ainda o tempo teme as pirâmides"

As Pirâmides de Gizé, Guizé ou Guiza ocupam a primeira posição na lista das sete maravilhas do mundo antigo. A grande diferença das Pirâmides de Gizé em relação às outras maravilhas do mundo é que elas ainda persistem, resistindo ao tempo e às intempéries da natureza, encontrando-se em relativo bom estado e, por este motivo, não necessitam de historiadores ou poetas para serem conhecidas, já que podem ser vistas.


Localização

As pirâmides de Gizé estão localizadas na esplanada de Gizé, na antiga necrópole da cidade de Mênfis, e atualmente integra o Cairo, no Egito. Elas são as únicas das antigas maravilhas que sobreviveram ao tempo.


Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto. A maior delas, com 160 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.

As pirâmides de Gizé são um dos monumentos mais famosos do mundo. Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos. As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol. Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.



A Grande Pirâmide (a de Quéops), de 450 pés de altura, é a maior de todas as 80 pirâmides do Egito. Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões. Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos. A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel, em 1900, 4.400 anos depois da construção da pirâmide.

Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente. Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.

Pouco se sabe a respeito do rei Quéops. As lendas dizem que ele era um tirano, fazendo de seu povo escravos para a realização do trabalho. É possível, porém que os egípcios comuns considerassem uma honra e um dever religioso trabalharem na Grande Pirâmide. Além disso, a maior parte do trabalho na pirâmide ocorreu durante os quatro meses do ano quando o rio Nilo estava inundado e não havia trabalho para ser feito nas fazendas. Alguns registros mostram que as pessoas que trabalharam nas pirâmides foram pagas com cerveja.

Foram necessários 30.000 trabalhadores por mais de 20 anos para construir a Grande Pirâmide. Foram usados mais de 2.000.000 de blocos de pedra, cada qual pesando em média duas toneladas e meia. Existem muitas idéias diferentes sobre o modo de construção daquela pirâmide. Muito provavelmente os pesados blocos eram colocados sobre trenós de madeira e arrastados sobre uma longa rampa. Enquanto a pirâmide ficava mais alta, a rampa ficava mais longa, para manter o nível de inclinação igual. Mas uma outra teoria é a de que uma rampa envolvia a pirâmide, como uma escada em espiral.

Existem três passagens dentro da Grande Pirâmide, levando às três câmaras. A maioria das pirâmides tem apenas uma câmara mortuária subterrânea, mas enquanto a pirâmide ia ficando cada vez mais alta, provavelmente Quéops mudou de idéia, duas vezes. Ele finalmente foi enterrado na Câmara do Rei, onde a pedra do lado de fora de seu caixão - chamado sarcófago - está hoje. (A câmara do meio foi chamada Câmara da Rainha, por acidente. A rainha foi enterrada numa pirâmide muito menor, ao lado da pirâmide de Quéops).

O paradeiro do corpo de Quéops é desconhecido, bem como os tesouros enterrados com ele. A pirâmide foi roubada há alguns milhares de anos. Todos os reis do Egito foram vítimas de ladrões de túmulos - exceto um, chamado Tutankhamon. Os tesouros de ouro da tumba de Tutankhamon foram descobertos em meio a riquíssimos tesouros por Lord Carnavon e seu amigo Howard Carter, em 1922.

Visão interna de uma pirâmide

Sala onde foram encontrados o sarcófago de Tutankamon e seus tesouros

A construção das pirâmides

Começando por seu interior ela foi construída com blocos de pedra calcária, sendo que a camada externa das pirâmides foi revestida com uma camada protetora de pedras vindas das pedreiras de Tura, que são polidas e tem um brilho distinto. Era composta de 1,0 milhões de enormes blocos de calcário - estima-se que cada um pese de duas a três toneladas.

Observa-se que o ângulo de inclinação de seus lados fizeram com que cada lado fosse orientado cuidadosamente pelos pontos cardeais. Em todos os níveis da pirâmide a seção transversal horizontal é Triangular.

As teorias inventadas nos últimos séculos para explicar a construção das pirâmides sofrem todas de uma problema comum. O desconhecimento da ciência egipcia do Antigo Império. Conhecimento este que foi recuperado apenas no final do século XX.

A teoria que melhor explica as construções das pirâmides sem encontrar contradições logísticas e sem invocar elementos extra-terrenos é a química, mais exatamente um ramo dela, a geopolimerização. Os blocos foram produzidos a partir de calcário dolomítico, facilmente agregado no local usando-se compostos muito comuns na época, como cal, salitre e areia. Toda a massa dos blocos foi transportada por homens carregando cestos da massa, posta a secar em moldes de madeira. O esforço humano neste caso seria muito menor e o assentamento do blocos perfeito.

Contra a teoria da geopolimerização pesa nomeadamente o fato de que os antigos egípcios especializaram-se na extração e transporte de enormes blocos de pedra, tais como obeliscos de granito que chegavam a pesar mais de 300 toneladas. Ainda hoje é possível ver-se, em uma pedreira abandonada, em Assuã, o famoso obelisco inacabado, com mais de mil toneladas de peso, que tem servido como fonte de informações das técnicas utilizadas na extração de blocos de granito.

Existem duas hipóteses para a origem dos 2.600.000 blocos gigantescos que formam a Pirâmide. Uma é a de que eles foram recortados das várias pedreiras, lapidados, transportados através de barcos no rio Nilo, e colocados e unidos com exata precisão milimétrica. Outra hipótese diz que estas pedras eram sintéticas.

Na verdade, tecnicamente, não somos capazes de polir e montar os blocos de calcário e granito com a perfeição com que eles formam as suas paredes. E como foram transportados, se alguns pesam até 70 toneladas?



2 comentários:

Diica *-* disse...

oi,professor passei no seu blog e adorei.
parabens pelo seu trabalho.
de : Amanda pereira nunes 6 ano "b"
para : professor Roney....

Bruno Daniel disse...

ola,dorei seu blog muito instrutivou adoro o egito de paixao nao sou seu aluno vi o blog e entrei parabens



Bruno Daniel