sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Arábia de antigamente


A península Arábica é a maior península do planeta – ocupa uma posição única em relação aos outros continentes. Arábia está situada na Ásia, mas mesmo assim só o estreito mar vermelho separa-a da África.



Naquela época o sistema tribal predominava na Arábia toda. O clima da Arábia é extremamente seco, com exceção em algumas zonas costeiras e locais com água. A tâmara é a fruta principal e a sua população dedica-se mais ao comércio.


A maioria dos árabes viviam no deserto, divididos em tribos politeístas. No século VII havia cerca de 300 tribos nômades e semi-nômades.

Os nômades eram conhecidos como Beduínos e estavam relacionados diretamente com o comércio. Eles cruzavam o deserto com suas caravanas.

A mulher na Arábia


A mulher não era considerada na sociedade, não a tratavam por igual, era só um objeto de prazer. Uns matavam as filhas. Na Arábia enterravam-nas vivas; noutras partes queimavam viúvas vivas, as mulheres nem podiam ler livros religiosos. Os homens casavam quando queriam, divorciavam-se delas quando lhes interessava e casavam com o número de mulheres que queriam.





Maomé, o Profeta de Alá


Maomé ou Muhammad foi um líder religioso e político árabe. Segundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão.

Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacó, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica.

Não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos


Maomé nasceu em Meca a 12 de Rabi al-Awwal (terceiro mês do calendário árabe) no "ano do Elefante". Na era cristã este ano corresponde a 570. Maomé pertencia ao clã dos Hachemitas, por sua vez integrado na tribo dos Coraixitas. Era filho de Abdalá e de Amina. Seu pai faleceu pouco tempo antes do seu nascimento, deixando à esposa como herança cinco camelos e uma escrava.

Entre as famílias de Meca existia na época a tradição de entregar temporariamente as crianças às famílias beduínas que viviam no deserto, uma vez que se considerava que o clima de Meca era pouco saudável; além disso, acreditava-se que uma temporada de vida no deserto prepararia melhor a criança para a vida adulta. Em troca desta adoção temporária, os beduínos recebiam presentes dos habitantes de Meca.

Cadija ou Khadijah foi a primeira esposa do profeta Maomé. Foi a primeira pessoa a se converter à religião pregada pelo marido, o Islão.

Era uma rica viúva envolvida no comércio caravaneiro quando Maomé entrou ao seu serviço, trabalhando como seu agente nos negócios das caravanas que atravessavam a Arábia em direção à Síria. Por volta de 595, quando ela tinha cerca de quarenta anos e Maomé cerca de vinte e cinco, propôs o casamento a Maomé. O casal permaneceu unido por 24 anos, sem que Maomé tenha tido outra esposa. Na sociedade da época a poligamia era normal e irrestrita.

Maomé tinha por hábito passar noites nas cavernas das montanhas próximas de Meca, praticando o jejum e a meditação. Sentia-se desiludido com a atmosfera materialista que dominava a sua cidade e insatisfeito com a forma como órfãos, pobres e viúvas eram excluídos da sociedade. A tradição muçulmana informa que no ano de 610, enquanto meditava numa caverna do Monte Hira, Maomé recebeu a visita do arcanjo Gabriel (Jibreel) que o declarou como profeta de Deus. Desde este momento e até à sua morte, também recebeu outras revelações.

Imagem representando o aparacimento do arcanjo Gabriel

Caverna no Monte Hira, onde recebeu a visita do Arcanjo Gabriel

Maomé passou então a pregar os ensinamentos de Alá para todos os árabes:

À medida que o seguidores de Maomé cresciam, ele se tornava uma ameaça para as tribos locais, especialmente aos Coraixitas, a sua própria tribo, que tinha a responsabilidade pelo cuidado da Caaba, que nesta altura hospedava centenas de ídolos que os árabes adoravam como deuses. Os CORAIXITAS lucravam muito com o comércio de ídolos na cidade de Meca.



No ano de 622 Maomé, perseguido pelos coraixitas, teve que fugir para a cidade de Medina.
Esse episódio ficou conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.

Maomé tornou-se um líder religioso e também um líder político realizando a conversão e unificação das tribos árabes, criando assim o primeiro Estado islâmico.

Após a sua morte, em 632, Maomé foi sucedido por seu amigo e sogro Abu Bakr, que se tornou califa (sucessor). Considerado como um defensor da fé, cujo poder vinha de Alá, o califa governava segundo a lei muçulmana, tal como é definida no Alcorão.

Antes do Islamismo, os árabes praticavam uma forma politeísta de adoração à Deus. Esta prática estava centralizada no vale de Meca, local sagrado da Caaba, uma construção simples em forma de cubo onde se reverenciava um meteorito negro. Com o passar dos anos acabou tornando-se um santuário de ídolos, um para cada dia do ano lunar.

Depois do Islamismo, a antiga forma politeísta de adoração a Deus, passou a não existir mais.

Pela fé Islâmica, a "Caaba foi originalmente construída por Adão segundo protótipo celestial e depois do dilúvio reconstruída por Abraão e Ismael. É por este motivo que a Mesquita da Caaba é muito importante para o Islamismo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Caaba



A Caaba ou Kaaba (também conhecido como Ka'bah ou Kabah) é uma construção que é reverenciada pelos muçulmanos, na mesquita sagrada de Al Masjid Al-Haram em Meca, e é considerado pelos devotos do islã como o lugar mais sagrado do mundo.




A Caaba é uma construção cúbica de 15,24 metros de altura, e é cercada por muros de 10,67 metros e 12,19 metros de altura. Ela está permanentemente coberta por uma manta escura com bordados dourados que é regularmente substituida. Em seu interior encontra-se a Hajar el Aswad ("Pedra Negra"), uma pedra escura, de cerca de 50 centímetros de diâmetro, que é uma das relíquias mais sagradas do islã. Ela é provavelmente o resto de um meteorito.

O Islamismo


A maior religião do mundo:
1.500.000.000 fiéis


O Islã é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo.

Islão provem do árabe Islām e significa "submissão (a Deus)”

Em que os muçulmanos crêem?

Os muçulmanos crêem em um Único e Incomparável Deus; nos anjos criados por Ele; nos profetas pelos quais Suas revelações foram trazidas à humanidade; no dia do Juízo e na prestação individual de contas pelas ações praticadas; na autoridade total de Deus sobre o destino do homem e na vida após a morte.

Os muçulmanos crêem na corrente dos profetas a partir de Adão, incluindo Noé, Abraão, Ismael, Isaac, Jacó, José, Jó, Moisés, Arão, Davi, Salomão, Elias, Jonas, João Batista e Jesus, mas a mensagem final de Deus para o homem, uma confirmação da mensagem eterna e um resumo de tudo que acontecera anteriormente, foi revelada ao profeta Mohammad por intermédio do anjo Gabriel.


OS PILARES DO ISLAMISMO:

1 - Proclamar que só há um único deus verdadeiro (Alá) e que Maomé é o seu principal profeta
2 - Praticar a caridade
3 - Orar 5 vezes ao dia com o rosto voltado para Meca



4 - Ir à Meca pelo menos uma vez na vida


5 - Jejuar durante o mês do Ramadã

QUEM DEVE JEJUAR

O jejum do Ramadã é obrigatório para cada muçulmano, de sexo masculino ou feminino, que reunir as seguintes condições:

* Ser mental e fisicamente normal, o que quer dizer gozar de boa saúde e ser apto.

* Ter atingido a idade da puberdade e, que é normalmente 14 anos. Os menores de 14 anos devem ser estimulados a iniciarem-se nesta boa prática a níveis mais simples, de maneira que, ao atingirem a idade da puberdade, estejam preparados física e mentalmente para jejuarem.


* Estar presente no domicílio permanente (na cidade natal, ou na casa de negócios, etc.), isto é numa viagem de cinquenta milhas ou mais, o crente pode suspender o jejum, na condição de mais tarde recuperar.

* Estar absolutamente seguro de que o jejum não vai lhe causar nenhuma perturbação física ou mental, a não ser as reações normais de sede ou fome.

O Ramadã

O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico e corresponde a partes dos meses de setembro e outubro do calendário cristão. É o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual, o quarto dos cinco pilares do Islão.



A palavra Ramadã encontra-se relacionada com a palavra árabe ramida, “ser ardente”, possivelmente pelo fato do Islão ter celebrado este jejum pela primeira vez no período mais quente do ano. Uma vez que o calendário islâmico é lunar, o Ramadão não é celebrado todos os anos na mesma data, podendo passar por todas as estações do ano.

O Ramadã é o mês em que os muçulmanos fazem jejum religioso. É um tempo reservado para a renovação da fé, para a prática mais intensa da caridade com o próximo, e para a vivência profunda da vida em família. Durante este período, eles não podem comer, beber, fumar e manter relações sexuais desde a alvorada até o pôr-do-sol. Os muçulmanos acreditam que Maomé recebeu a primeira revelação divina durante o Ramadã, o que faz dele um mês sagrado.

O jejum termina no primeiro dia do mês de Shawwal, com um feriado chamado Id-al-Fitr - o Banquete do término do Jejum. Durante três dias, os muçulmanos trocam presentes e preparam grandes banquetes.

Na foto vemos mulheres com as mãos pintadas para comemorar o fim do Ramadã.

O esplendor da arte islâmica





O Alcorão


Alcorão ou Corão (em árabe قُرْآن, transl. al-qur’ān, "a recitação") é o livro sagrado do islamismo. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e dois anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; Alcorão é portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado. Os muçulmanos podem se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como Al-Karim ("o Nobre") ou Al-Azim ("o Magnífico").

É um dos livros mais lidos e publicados no mundo. É prática generalizada nas sociedades muçulmanas que o Alcorão não seja vendido, mas sim dado.



O Alcorão na vida dos muçulmanos

Quando uma criança nasce no seio de uma família muçulmana, os seus pais são saudados com a fórmula "Que esta criança possa estar entre os anunciadores do Alcorão". As crianças muçulmanas aprendem desde cedo a começar determinados atos da sua vida, como as refeições, com a fórmula "Em nome de Deus e a concluí-los com a expressão "Louvado seja Deus”. Estas frases são as mesmas que se encontram nos dois primeiros versículos da primeira sura.
Algumas partes do Alcorão são recitadas durante momentos especiais da vida como o casamento ou no leito de morte. Em muitos países muçulmanos certos aspectos da vida pública começam com a recitação de passagens deste livro considerado sagrado. Normalmente, os muçulmanos guardam o Alcorão numa prateleira alta do quarto, em sinal de respeito pelo Alcorão e alguns transportam pequenas versões consigo para seu conforto ou segurança. Apenas a versão original em árabe é considerada como o Alcorão; as traduções são vistas como sombras fracas do significado original (Visto que a tradução do Árabe para outras línguas é muito dificultosa).

Uma vez que os muçulmanos tratam o livro com reverência, consequentemente é proibido reciclar, reimprimir ou deitar cópias velhas do Alcorão para o lixo. Como solução alternativa, os volumes do Alcorão devem ser enterrados ou queimados de uma maneira respeituosa.
É considerado um Pecado gravíssimo modificar, cortar, excluir ou adicionar as palavras do Alcorão. Também é considerado pecado vender este livro.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Grandes personagens: Cristóvão Colombo


Cristóvão Colombo foi um navegador e explorador europeu, responsável por liderar a frota que alcançou a América em 12 de Outubro de 1492, sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha. Empreendeu a sua viagem através do Oceano Atlântico com o objectivo de atingir a Índia, tendo na realidade descoberto as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e, mais tarde, a costa do Golfo do México na América Central.