domingo, 25 de julho de 2010

O Crescente fértil

O Crescente Fértil é uma região do Oriente Médio compreendendo os atuais Israel, Cisjordânia e Líbano bem como partes da Jordânia, da Síria, do Iraque, do Egito e do sudeste da Turquia. O termo « Crescente Fértil » foi criado pelo arqueólogo James Henry Breasted, da Universidade de Chicago, em referência ao fato de o arco formado pelas diferentes zonas assemelhar-se a uma Lua crescente.

Irrigada pelo Jordão, pelo Eufrates, pelo Tigre e pelo Nilo, a região cobre uma superfície de cerca de 400 000 a 500 000 km² e é povoada por 40 a 50 milhões de indivíduos. Ela estende-se das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem leste do Mediterrâneo, em torno do norte do deserto sírio e através da Península Arábica e da Mesopotâmia, até o Golfo Pérsico.

O Egito


O Egito (representado no mapa pela cor verde) é um país do norte da África que inclui também a península do Sinai, na Ásia, o que o torna um estado transcontinental.

Com uma área de cerca de 1 001 450 km², o Egito limita a oeste com a Líbia, ao sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo.

O Egito é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 80 milhões de habitantes (2007), vive nas margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 kmª. Os desertos — o da Líbia, a oeste, o Oriental ou Arábico, a leste, ambos parte do Saara, e o do Sinai, na península da Arábia — teem muito pouca população. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas outras grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica.

O país é conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge. Ao sul, a cidade de Luxor abriga diversos sítios antigos, como o templo de Karnak e o vale dos Reis. O Egito é reconhecido como um país política e culturalmente importante do Médio Oriente e do Norte de África.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Egito

O vale do Rio Nilo

"O Egito é uma dádiva do Nilo"


Rio Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha do Equador e deságua no Mar Mediterrâneo. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3 349 000 km² abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egito. A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o Nilo apresenta um comprimento de 6 627,15 km.

É formado pela confluência de três outros rios, o Nilo Branco (Bahr-el-Abiad), o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o rio Atbara. O Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em Cartum, capital do Sudão.

Os egípcios não conheciam a nascente de seu rio, onde a neve derretia causando o transbordamento, por isso acreditavam que eram os deuses os responsáveis pela existência do rio. Com suas cheias periódicas, o Nilo era a fonte de água e terra fértil e oferecia peixes e pássaros. Suas águas navegáveis eram meio de transporte e comunicação.

O rio, através de suas cheias periódicas garantia terra fértil. Suas águas navegáveis funcionavam como ligação entre o Baixo e o Alto Egito.

O rio Nilo era a fonte de vida do povo egípcio, que vivia basicamente da agricultura. No período das cheias, as fortes chuvas (junho a setembro), faziam o Rio Nilo transbordar, encobrindo grandes extensões de terras que o margeavam, mas também, este fenômeno fertilizava o solo ao depositar matéria orgânica (fertilizante de primeira qualidade) neste.

Além de fertilização do solo, o rio trazia grande quantidade de peixes e dava chances a milhares de barcos que navegavam sobre as águas fluviais.

Para o povo egípcio era uma verdadeira bênção dos deuses. Aliás, o próprio rio era tido como sagrado. O historiador antigo Herotodo fez conhecida a frase "o Egito é uma dádiva do Nilo" - ideia essa que causa a ilusão de que a prosperidade alcançada por esse povo se devia unicamente às condições naturais. Mas para o Egipto, o Nilo não era apenas um presente da natureza. Havia necessidade da inteligência, do trabalho, da aplicação e da organização dos homens. Após as cheias, as margens do rio ficavam cobertar por húmus - adubo natural, que dava ao solo a fertilidade necessária para o plantio. No tempo da estiagem, num trabalho de união de forças e de conjunto, os egípcios aproveitaram as águas do rio para levar a irrigação até terras mais distantes ou construir diques para controlar as cheias, protegendo o vale contra essas catástrofes terríveis. No período das cheias, os camponeses eram encaminhados para as cidades, onde realizavam outros trabalhos que não a agricultura.

Com as cheias, desapareciam as divisas das propriedades agrícolas. Assim, todos os anos era necessário o trabalho do homem para medir, calcular, e isso ocasionou o desenvolvimento da geometria e da matemática.

Imagens do Nilo


O rio Nilo - Imagem de satélite

Papiro - O antepassado do papel

Dos pântanos do Nilo era extraído o papiro para a fabricação de barcos e um tipo de papel. O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras.




Foi por volta de 2500 a.C. que os egípcios desenvolveram a técnica do papiro, um dos mais antigos antepassados do papel. Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em finas lâminas. Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com vinagre para ali permanecerem por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar. Outra vez secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras. A seqüência do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços de tecido de algodão, sendo então mantidas prensadas por seis dias. E é com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para formar o papel amarelado, pronto para ser usado. O papiro pronto era, então, enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.

O Alto e o Baixo Egito


Alto Egito foi o nome dado ao conjunto de nomos do vale do rio Nilo. O Egito estava dividido em duas partes: O Alto Egito, situado a sul, mais perto do deserto do Saara, e o Baixo Egito, a norte, mais perto do mar Mediterrâneo.

O Alto Egito era, portanto, a parte mais pobre, e por esta mesma razão, foi daqui que partiu a conquista do Baixo Egipto, encabeçada por Narmer aproximadamente no ano 3200 a.C., que levou a uma consequente unificação de todo o território.

Baixo Egito foi o nome dado ao conjunto de nomos do Delta do Nilo

O Baixo Egito é a região mais ao norte do Egito, indo da atual cidade do Cairo ao delta de Nilo, em Alexandria. A paisagem do Baixo Egito é dominada pelo delta do Nilo em Alexandria. A região do delta é bastante úmida, atravessada pelas canaletas e pelos canais.

O clima é mais suave do que o clima em Egito superior. As temperaturas são muito menos extremas e há mais chuvas nesta área.

O dialeto e os costumes dos egípcios daqueles que vivem nas menores altitudes do país variam historicamente com relação aos dos egípcios que vivem nas zonas mais altas (ao sul). Mesmo em épocas modernas, o Baixo Egito é muito mais industrializado e influenciado pelo comércio com o resto do mundo. O Deus patrono do antigo Baixo Egipto é Wadjet e sua capital era a cidade Pe (Buto).


A sociedade egípcia


Sociedade dividida, poder de um só


Havia desigualdade social no Egito Antigo. A sociedade dividia-se em várias camadas. No topo da lista, estavam o Faraó e sua família. Abisxo dele viriam os sacerdotes, a nobreza, os guerreiros, os escribas, os camponeses e por último, os escravos.

OS FARAÓS

O GOVERNO DE HÓRUS


Faraó era o título atribuído aos reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egito. Tem sua origem imediata do latim tardio Pharăoonis, que significava propriamente "casa elevada", indicando inicialmente o palácio real.

Em cerca de três mil anos de tradição faraônica, passaram pelo trono do Egito homens (e algumas mulheres) com aspirações bem diferentes. Desde os misteriosos construtores das pirâmides de Gizé, ao poeta místico Akhenaton, passando pelo lendário Ramsés II, encontramos toda uma diversidade de indivíduos que, no seu conjunto, governaram uma das mais importantes civilizações humanas.

Mais que um simples rei, o faraó era também o administrador máximo, o chefe do exército, o primeiro magistrado e o sacerdote supremo do Egito (sendo-lhe, mesmo, atribuído caráter divino). Em muitos casos, cabia ao faraó decidir, sozinho, a política a seguir.

A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o soberano do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha era usada no Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o faraó, a coroa tornou-se dupla : vermelha e branca, simbolizando a união dos dois reinos. Ao comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.

O LUXO DOS FARAÓS

No tempo dos faraós, eles e suas famílias levavam uma vida com muito luxo, requinte e conforto, mesmo que nos padrões da época a realidade vista hoje é de surpreender.

Os faraós moravam em palácios com mobília fabricada com materiais nobre, como cedro, ébano com vários detalhes em marfim e ouro e os artesãos possuíam técnicas e perícias para a elaboração de peças únicas, os utensílios domésticos possuíam grande beleza e qualidade em relação aos demais objetos usados em outras famílias, isso só afirmava o poder e a riqueza.

Outra evidência de luxo, conforto e prova da tamanha riqueza estava no contingente de servos responsáveis pela manutenção do palácio e para oferecer lazer aos faraós, eram criados, músicos, cantores, dançarinos e copeiros, oferecendo muitas facilidades.

Para preencher o tempo os faraós, também chamados de ‘deuses vivos’, caçavam, pescavam com grande freqüência e praticavam vários jogos como forma de tornar seus dias mais agradáveis.



OS SACERDOTES

Os altos sacerdotes dedicavam todo seu tempo ao serviço pessoal dos deuses; acumulavam grandes riquezas pelas doações reais e pela administração dos bens do tempo; desfrutavam de privilégios, como a isenção de impostos, graças à importância da religião para os antigos egípcios.

Dentre os mais altos cargos do governo, estavam o de vizir (primeiro ministro), o de tesoureiro-chefe, o de chefe da coleta de impostos, o de ministro das obras públicas e de comandante do exército. Todos esses altos funcionários prestavam obediências ao Faraó. Também se destacavam os Nomarcas - governadores dos nomos - escolhidos pelo Faraó dentre os descendentes dos clãs mais importantes.


OS ESCRIBAS

Numa situação social intermediária, encontravam-se os numerosos escribas e funcionários inferiores (encarregados dos registros contábeis e administrativos, da arrecadação de impostos, da fiscalização das obras públicas e do recenseamento da população), os sacerdotes de baixa hierarquia (astrólogos, leitores de livros sagrados, cantores, músicos, portadores de objetos sagrados e inspetores dos artistas do tempo), além de artífices e artistas especializados que estavam a serviço do Faraó e dos templos.


OS ARTESÃOS

A vasta maioria da população era formada pelas massas que trabalhavam nas oficinas artesanais, nos campos e nas minas. Desenhistas, pedreiros, carpinteiros, escultores, pintores, tecelões, joalheiros e armeiros eram recrutados pelo Faraó, nobres e altos sacerdotes, para o trabalho em seus palácios, templos e oficinas reais. Recebiam, pagamento em ração: pão, cerveja, cebola, carne seca, gordura e sal.



OS CAMPONESES

Os camponeses ou felás, analfabetos, eram servos que trabalhavam as terras do Faraó, dos templos, dos altos funcionários e das aldeias. Forneciam ao Estado rendimentos enormes, sob a forma de impostos -in natura - sobre suas safras e rebanhos, ficando apenas com uma pequena parte do que produziam. Na época da cheia, eram chamados a trabalhar compulsoriamente na construção de palácios, templos túmulos e nas obras de irrigação. Eram também recrutados para servir no exército, se necessário.



OS ESCRAVOS

Abaixo dos camponeses, havia um pequeno número de escravos, geralmente prisioneiros de guerra, forçados a trabalhar nas minas de ouro e cobre da Núbia, do Sudão e do Sinai. Os mais afortunados eram designados para o serviço doméstico da família real e da nobreza. Os trabalhadores eram mantidos na submissão pela vigilância, pela repressão e por um conformismo baseado na crença do caráter divino da monarquia. Os que se negavam a cooperar eram impedidos de chegar às fontes de água ou de terem os seus campos irrigados, através do corte da água.

As pirâmides de Gizé

"O homem teme o tempo, e ainda o tempo teme as pirâmides"

As Pirâmides de Gizé, Guizé ou Guiza ocupam a primeira posição na lista das sete maravilhas do mundo antigo. A grande diferença das Pirâmides de Gizé em relação às outras maravilhas do mundo é que elas ainda persistem, resistindo ao tempo e às intempéries da natureza, encontrando-se em relativo bom estado e, por este motivo, não necessitam de historiadores ou poetas para serem conhecidas, já que podem ser vistas.


Localização

As pirâmides de Gizé estão localizadas na esplanada de Gizé, na antiga necrópole da cidade de Mênfis, e atualmente integra o Cairo, no Egito. Elas são as únicas das antigas maravilhas que sobreviveram ao tempo.


Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto. A maior delas, com 160 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.

As pirâmides de Gizé são um dos monumentos mais famosos do mundo. Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos. As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol. Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.



A Grande Pirâmide (a de Quéops), de 450 pés de altura, é a maior de todas as 80 pirâmides do Egito. Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões. Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos. A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel, em 1900, 4.400 anos depois da construção da pirâmide.

Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente. Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.

Pouco se sabe a respeito do rei Quéops. As lendas dizem que ele era um tirano, fazendo de seu povo escravos para a realização do trabalho. É possível, porém que os egípcios comuns considerassem uma honra e um dever religioso trabalharem na Grande Pirâmide. Além disso, a maior parte do trabalho na pirâmide ocorreu durante os quatro meses do ano quando o rio Nilo estava inundado e não havia trabalho para ser feito nas fazendas. Alguns registros mostram que as pessoas que trabalharam nas pirâmides foram pagas com cerveja.

Foram necessários 30.000 trabalhadores por mais de 20 anos para construir a Grande Pirâmide. Foram usados mais de 2.000.000 de blocos de pedra, cada qual pesando em média duas toneladas e meia. Existem muitas idéias diferentes sobre o modo de construção daquela pirâmide. Muito provavelmente os pesados blocos eram colocados sobre trenós de madeira e arrastados sobre uma longa rampa. Enquanto a pirâmide ficava mais alta, a rampa ficava mais longa, para manter o nível de inclinação igual. Mas uma outra teoria é a de que uma rampa envolvia a pirâmide, como uma escada em espiral.

Existem três passagens dentro da Grande Pirâmide, levando às três câmaras. A maioria das pirâmides tem apenas uma câmara mortuária subterrânea, mas enquanto a pirâmide ia ficando cada vez mais alta, provavelmente Quéops mudou de idéia, duas vezes. Ele finalmente foi enterrado na Câmara do Rei, onde a pedra do lado de fora de seu caixão - chamado sarcófago - está hoje. (A câmara do meio foi chamada Câmara da Rainha, por acidente. A rainha foi enterrada numa pirâmide muito menor, ao lado da pirâmide de Quéops).

O paradeiro do corpo de Quéops é desconhecido, bem como os tesouros enterrados com ele. A pirâmide foi roubada há alguns milhares de anos. Todos os reis do Egito foram vítimas de ladrões de túmulos - exceto um, chamado Tutankhamon. Os tesouros de ouro da tumba de Tutankhamon foram descobertos em meio a riquíssimos tesouros por Lord Carnavon e seu amigo Howard Carter, em 1922.

Visão interna de uma pirâmide

Sala onde foram encontrados o sarcófago de Tutankamon e seus tesouros

A construção das pirâmides

Começando por seu interior ela foi construída com blocos de pedra calcária, sendo que a camada externa das pirâmides foi revestida com uma camada protetora de pedras vindas das pedreiras de Tura, que são polidas e tem um brilho distinto. Era composta de 1,0 milhões de enormes blocos de calcário - estima-se que cada um pese de duas a três toneladas.

Observa-se que o ângulo de inclinação de seus lados fizeram com que cada lado fosse orientado cuidadosamente pelos pontos cardeais. Em todos os níveis da pirâmide a seção transversal horizontal é Triangular.

As teorias inventadas nos últimos séculos para explicar a construção das pirâmides sofrem todas de uma problema comum. O desconhecimento da ciência egipcia do Antigo Império. Conhecimento este que foi recuperado apenas no final do século XX.

A teoria que melhor explica as construções das pirâmides sem encontrar contradições logísticas e sem invocar elementos extra-terrenos é a química, mais exatamente um ramo dela, a geopolimerização. Os blocos foram produzidos a partir de calcário dolomítico, facilmente agregado no local usando-se compostos muito comuns na época, como cal, salitre e areia. Toda a massa dos blocos foi transportada por homens carregando cestos da massa, posta a secar em moldes de madeira. O esforço humano neste caso seria muito menor e o assentamento do blocos perfeito.

Contra a teoria da geopolimerização pesa nomeadamente o fato de que os antigos egípcios especializaram-se na extração e transporte de enormes blocos de pedra, tais como obeliscos de granito que chegavam a pesar mais de 300 toneladas. Ainda hoje é possível ver-se, em uma pedreira abandonada, em Assuã, o famoso obelisco inacabado, com mais de mil toneladas de peso, que tem servido como fonte de informações das técnicas utilizadas na extração de blocos de granito.

Existem duas hipóteses para a origem dos 2.600.000 blocos gigantescos que formam a Pirâmide. Uma é a de que eles foram recortados das várias pedreiras, lapidados, transportados através de barcos no rio Nilo, e colocados e unidos com exata precisão milimétrica. Outra hipótese diz que estas pedras eram sintéticas.

Na verdade, tecnicamente, não somos capazes de polir e montar os blocos de calcário e granito com a perfeição com que eles formam as suas paredes. E como foram transportados, se alguns pesam até 70 toneladas?



Periodização do Egito Antigo


Antigo Império: Durante a maior parte deste longo período, os faraós conseguiram impor sua autoridade ao reino e, auxiliados por seus funcionários, coordenaram a construção de grandes obras públicas, entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Médio Império: Neste período os egípcios expandiram seu território em direção ao Sul, conquistando a Núbia, região rica em minerais, entre os quais o ouro. Apesar da prosperidade material, o reino continuou envolvido em guerras e revoltas internas que o enfraqueceram. Isso encorajou os hicsos, povo originário da Ásia Central, a atravessarem o deserto e invadir o Egito, conquistando-o. A vitória dos hicsos deveu-se ao uso de cavalos e carros de combate, desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos hicsos em território egípcio durou mais de 150 anos.


Novo Império: Este período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Amósis, o líder militar da luta contra o invasor, inaugurou uma nova dinastia. Os faraós do Novo Império organizaram um poderoso exército com cavalaria e carros de combate e adotaram uma política expansionista. Pela força, reconquistaram a Núbia, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina e estenderam seus domínios até o rio Eufrates. Depois de efetuar estas conquistas, o governo egípcio passou a exigir pesados impostos dos povos dominados. Essa situação provocou revoltas sociais dentro do Egito, o que, somado às sublevações dos povos conquistados contra a cobrança de impostos abusivos, acabou debilitando o poder do faraó. A partir do século VIII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por núbios, assírios e persas, até que, em 332 a.C. foi conquistado por Alexandre Magno.

Economia no Antigo Egito

Organização econômica

A agricultura era a base da economia egípcia e, como já vimos, dependia das águas do Nilo.O trigo, a cevada, os legumes e as uvas constituíam as principais culturas.


Em teoria, todas as terras pertenciam ao rei, mas a propriedade privada foi uma realidade.

Quando terminavam as inundações do Nilo surgiam nas aldeias egípcias uma equipe de funcionários que marcava as bordas das terras que poderiam a partir de então ser cultivadas pelos camponeses. A plantação decorria no mês de Outubro, sendo as sementes fornecidas aos agricultores pelo palácio real. As culturas mais importantes eram o trigo (tipo emmer) e cevada, que permitiam fazer o pão e a cerveja, alimentos que eram a base da alimentação egípcia.

Os agricultores lavravam a terra com um arado puxado por bois, abriam canais e levantavam diques. A época das colheitas ocorria em Abril, altura em que as espigas eram levadas para a eira, onde as patas dos bois as debulhavam. Uma vez separados os grãos da palha, estes eram colocados em sacas que eram enviadas para os celeiros reais. Estes celeiros armazenava as colheitas que eram distribuídas pelos funcionários e pela população em geral.

A população que não trabalhava nos campos dedicava-se a várias tarefas como a produção de pão e mel, a fabricação de cerveja, a olaria e a tecelagem. A pesca era praticada ao anzol ou com rede.



Os egípcios dedicavam-se também à criação de bois, asnos, patos e cabritos. Além disso, praticavam também a mineração de ouro, pedras preciosas e cobre, este último muito usado nas trocas comerciais com outros povos. O comércio era feito à base de trocas, mas limitava-se ao pequeno comércio e à permutação de artigos de luxo com o exterior.