domingo, 7 de agosto de 2011

Restauração da pirâmide mais antiga da história

O Conselho Supremo de Antiguidades (CSA) do Egito decidiu neste domingo continuar com a restauração da pirâmide escalonada de Zoser, a mais antiga da história, localizada em Saqara, sudeste do Cairo, para protegê-la de um possível desabamento.

Segundo um comunicado do CSA, um comitê de especialistas e responsáveis da zona de Saqara visitou neste domingo a pirâmide para examinar sua situação, depois que alguns veículos da imprensa advertissem neste sábado do perigo do desabamento como consequência da suspensão dos trabalhos de restauração.

Após a visita deste comitê à pirâmide, o CSA decidiu pedir à companhia, que se encarregava da restauração, que retome seu trabalho nesta segunda-feira.

A restauração desse lugar está sendo realizada há quatro anos e estava em sua última etapa.

A pirâmide foi construída como tumba do faraó Zoser pelo arquiteto e médico Imhotep há mais de 4,6 mil anos (não há uma data precisa de sua construção), na zona de Saqara, cuja área monumental cobre uma extensão de sete quilômetros quadrados.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A gruta da Lapa Vermelha

A Lapa Vermelha trata-se de um conjunto de grutas e cavernas de calcário às margens de uma pequena lagoa. No penhasco existem quatro grutas, ou lapas, como são conhecidas na região. Foi na Lapa Vermelha IV, no município de Pedro Leopoldo, que a missão arqueológica liderada por Annette Laming-Emperaire, que contava com franceses e brasileiros. descobriu nos anos 70 o crânio de Luzia. Com aproximadamente 12 mil anos, ela é considerada como a primeira brasileira existente.


Luzia - O fóssil humano mais antigo das Américas

Luzia foi encontrada por uma missão francesa e recebeu esse nome em homenagem a Lucy, o famoso fóssil de Australopithecus de 3,5 milhões de anos achado na Etiópia em 1974.

Luzia era uma mulher baixa, de apenas 1,50 metro de altura. Comparada aos seres humanos atuais, tinha uma compleição física relativamente modesta para seus 20 e poucos anos de idade. Sem residência fixa, perambulava pela região onde hoje está o Aeroporto Internacional de Confins, nos arredores de Belo Horizonte, acompanhada de uma dúzia de parentes. Não sabia plantar um pé de alface sequer e vivia do que a natureza agreste da região lhe oferecia. Na maioria das vezes se contentava com os frutos das árvores baixas e retorcidas, uns coquinhos de palmeira, tubérculos e folhagens. Em ocasiões especiais, dividia com seus companheiros um pedaço de carne de algum animal que conseguiam caçar. Eram tempos difíceis aqueles e Luzia morreu jovem.

A descoberta de Luzia mostra que uma outra leva, bem mais antiga, chegou à América. Luzia seria descendente desse grupo. Aparentados dos atuais aborígines australianos, esses primeiros colonizadores teriam saído do sul da China atual e atingido o continente americano cerca de 15.000 anos atrás – três milênios antes da segunda leva migratória. Como nessa época a Idade do Gelo ainda não havia chegado ao fim, teriam usado canoas para fazer a navegação costeira e contornar os enormes maciços glaciais que bloqueavam a passagem entre a Ásia e a América do Norte. Viveram aqui milhares de anos, isolados do resto do mundo, até desaparecer na disputa por caça e território com a leva migratória seguinte, esta sim ancestral dos índios de hoje.

Sítio do Boqueirão da Pedra Furada

O sítio Toca do Boqueirão da Pedra Furada, escavado entre 1978 e 1988, forneceu a mais completa estratigrafia até hoje encontrada nas Américas. Hoje podemos afirmar que a entrada de Homo sapiens para o continente americano fez-se em vagas que, saindo de diferente lugares, seguiram diferentes caminhos e que as primeiras devem ter entrado na América entre 150.000 e 100.000 anos atrás.

A Toca do Boqueirão da Pedra Furada encontra-se a 19 metros acima do nível do vale, protegida por grandes blocos originários do desmoronamento do paredão rochoso. Sua formação deve-se, como em todos os sítios da região, à erosão que cava a base da parede, formando uma projeção que serve de teto.

O processo de formação das camadas arqueológicas deste sítio durou, no mínimo, 60.000 anos. As escavações, iniciadas em 1978, duraram 10 anos e permitiram a descoberta dos mais antigos vestígios, até hoje conhecidos, da presença humana nas Américas: fogueiras estruturadas e uma grande quantidade de artefatos de pedra lascada.

Blocos de parede com pinturas, caídos sobre as camadas arqueológicas, permitiram a datação das mesmas. Os vestígios mais antigos são duas manchas vermelhas datadas de 23.000 anos, dois segmentos paralelos de reta datam de 17.000 anos, enquanto que pinturas representando temas semelhantes aos que subsistem hoje nas paredes, foram pintadas entre 12.000 e 6.000 anos atrás.

Na Toca do Boqueirão do Sítio da Pedra Furada as escavações, iniciadas em 1978, demonstraram que o abrigo foi utilizado pelo homem pré-histórico, pelo menos desde há cerca de 50.000 anos. Os primeiros acampamentos, ocuparam parte da base rochosa próximo à parede do fundo. O local era então protegido do vale por um amontoado de blocos caídos. A medida em que o tempo passava a erosão fazia com que sedimentos desprendidos da parede, cobrissem os vestígios humanos que aí eram depositados de maneira intermitente.

Durante a fase cultural mais antiga, foram construídos grandes fogões circulares utilizando blocos caídos, nos quais se notam ainda leves manchas de pigmento vermelho. Carvões recolhidos em fogões descobertos na mesma camada em que foram encontrados esses blocos puderam ser datados; assim sabemos que, por volta de 23.000 anos atrás, essas populações já aplicavam pigmentos sobre as paredes do abrigo. Um bloco, encontrado ao lado de um fogão datado de 17.000 anos, mostrava duas retas paralelas, sendo esta a primeira manifestação segura da prática da pintura rupestre na área. O esqueleto que você vê logo abaixo foi de um humano que viveu há mais ou menos 9.200 anos.

Nesse sítio foi possível reconstruir a história das ocupações humanas desde há cerca de 60.000 anos até 6.000 anos atrás,.mudando completamente o rumo da conversa sobre história e pré-escrita, estudadas ao longo de muitos anos.

Todos os povos originários da área do Parque Nacional foram exterminados pelos conquistadores brancos e deles, hoje, só nos resta o que a arqueologia consegue descobrir.

Os Sambaquis

Sambaquis são montes compostos de moluscos (de origem marinha, terrestre ou de água salobra), esqueletos de seres pré-históricos, ossos humanos, conchas e utensílios feitos de pedra ou ossos. É resultado de ações humanas, ou seja, são montes artificiais, com dimensões e formas variadas.

A palavra “sambaquis” tem origem Tupi, e é a mistura das palavras tamba (conchas) e ki (amontoado).

Os sambaquis são locais muito antigos, onde os homens comiam moluscos em grandes grupos. O formato dos sambaquis vão dos cônicos aos semi-esféricos. Dependo da região, são conhecidos por casqueiros, concheiros ou berbigueiros.

No Brasil, existem sambaquis em vários pontos do litoral brasileiro, sendo que em Santa Catarina estão os maiores sambaquis do mundo. Nesse estado, existem sambaquis em todo o litoral, que chegam a ter 25 metros de altura e centenas de metros de extensão. Tem idade aproximada de 5.000 anos. Em nosso país existem sambaquis inclusive no baixo Amazonas e no Xingu.

Dentre os utensílios encontrados nos sambaquis brasileiros, muitos são feitos em rocha, como os quebra-cocos, facas, machados de diabásio semipolido, raspadores e pontas. Os anzóis, furadores, pontas de flechas e arpões encontrados são feitos de ossos.

As explicações possíveis quanto à finalidade dos sambaquis são diversas. Para alguns pesquisadores, eles seriam depósitos dos restos de alimentos, de carcaças e ossadas de animais, servindo também, não se sabe por que, como abrigo de sepulturas de humanos. Os sambaquis não eram utilizados como moradias.

Existem pesquisadores que defendem que os sambaquis serviam como acampamentos temporários. Para outros pesquisadores, os sambaquis seriam habitações temporárias, o que explicaria a presença de sepulturas. Servia também, nessa versão, como depósito de materiais.

Apesar de serem um patrimônio histórico, verdadeiros crimes ambientais destruíram parte dos sambaquis brasileiros, como construções irregulares em áreas protegidas e a extração de cal por industrias inescrupulosas.

Fonte: http://www.infoescola.com/arqueologia/sambaqui/

terça-feira, 3 de maio de 2011

O povoamento do continente americano

Clique na imagem para vê-la em melhor resolução

Segundo algumas pesquisas, os primeiros habitantes da América não eram originários do próprio continente. Assim sendo, a pergunta é: de onde eles vieram? Como chegaram a essas terras? Há diversas teorias que respondem estas duas perguntas: a de que eles vieram por um caminho gelado, ou melhor, pelo "Estreito de Bering", ou que eles vieram por caminhos diversos, isto é, por terra ou por mar. Vejamos cada uma delas:

1) O ESTREITO DE BERING

A primeira teoria diz que as terras americanas começaram a ser povoadas quando os 1° grupos humanos, vindos da Àsia, atravessaram o Estreito de Bering na época da última glaciação, período este que o estreito ainda estava coberto por uma camada de gelo, unindo o continente asiático com o americano.
Tudo indica que a descoberta das Américas pelos asiáticos do leste da Ásia se deu com as suas perseguições a certos animais gigantes; e a ocupação ocorreu a cerca de 40 ou 50 mil anos, e foi feita à pé, por desconhecerem a Navegação.

2) ILHAS DA POLINÉSIA, OCEANIA:

A segunda teoria diz que o povoamento do continente americano começou quando certos grupos humanos partiu das ilhas da Polinésia e da Oceania, em pequenas embarcações, e chegaram primeiramente na América do sul pelo Oceano Pacífico; tendo, mais tarde, povoado o resto da América.

Para os defensores desta teoria, eles até podem ter usado o Estreito de Bering, mas nao foi este o único caminho. Para eles, o povoamento começou não há 40 mil anos, mas há mais de 50.Porque foi encontrado, na década de 1930, pontas de flechas fabricadas com pedra lascada, nas proximidades do estado do Novo México e nos EUA, com ossos de mamutes e bisões, e considerados, durante muitos anos, como os objetos mais antigos produzidos na América, alguns pesquisadores chegaram a concluir que a ocupação da América começou pelo Norte.

Entretanto, a descoberta de objetos mais antigos encontrados ao sul do continente americano, põe em dúvida esta explicação, esta teoria. Assim sendo, provavelmente o povoamento da América do Sul pode ter sido anterior ao povoamento da América do Norte; que os povoadores não entrataram apenas pelo "Estreito de Bering", e sim por vários caminhos...

A Polinésia é um conjunto de ilhas no Oceano Pacífico. Abrange uma superfície oceânica enorme, tem em conjunto 298.000 km² de área e 4,5 milhões de habitantes. A maior parte das ilhas pertence aos Estados Unidos, à Nova Zelândia , à França e ao Chile .

Muitas destas ilhas desempenham um importante papel estratégico, como bases navais ou aéreas. Quase todas têm uma economia pouco desenvolvida, que se baseia na agricultura de subsistência e numa modesta agricultura comercial. A excepção constitui as ilhas do Havaí, que, por possuírem uma economia baseada no turismo americano, gozam de grande prosperidade

Algumas imagens da Polinésia hoje:


Fontes:

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Para pensar:

A teoria de Charles Darwin sobre a evolução das espécies causou o maior impacto na vida das pessoas, gerando, inclusive, muitas críticas e ofensas a ele mesmo. Se você estivesse no lugar de Darwin você teria coragem de revelar suas descobertas e arrumar um problemão para você e toda a sua família?

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Pré-história

É o período que compreende deste o aparecimento do Homem no planeta até a invenção da escrita, por volta de 3500 anos antes de Cristo. Também pode ser contextualizada para um determinado povo ou nação como o período da história desse povo ou nação sobre o qual não haja documentos escritos. Assim, no Egito, a pré-história terminou aproximadamente em 3500 a.C.., enquanto que no Brasil terminou em 1500 e na Nova Guiné ela terminou aproximadamente em 1900. Para muitos historiadores o próprio termo "pré-história" é errôneo, pois não existe uma anterioridade à história e sim à escrita. Não é porque um determinado povo não use a linguagem escrita que ele não tenha história, não é mesmo?

Podemos dividir o período em 3 fases:

PALEOLÍTICO: onde o Homem vive em pequenos grupos nômades (migram de um lugar para o outro em busca de alimentos) em busca de sua subsistência através da caça, pesca e coleta de frutas e raízes.

NEOLÍTICO: é considerada uma fase de intensa transformação no modo de vida, em especial porque o Homem passa a dominar a Agricultura e a Domesticar os animais, possibilitando sua fixação em único lugar (sedentarização), pois com essa mudança passa a ter o controle sobre a produção de alimentos. O aperfeiçoamento tecnológico na produção dos utensílios proporciona a formação de excedentes produtivos (sobra de alimentos), propiciando a separação entre o trabalho manual (camponeses e artesãos) e trabalho intelectual (administradores da produção, responsáveis pela escrita e contabilidade).

IDADE DOS METAIS: período onde se iniciou o uso dos metais no fabrico dos utensílios. Fase da Revolução Urbana, onde as aldeias transformaram-se em grandes aglomerados humanos (cidades) e do aparecimento das primeiras civilizações, com uma organização social mais complexa.

Arte Rupestre: Magia simpática?

Arte Rupestre é um tipo de arte feita pelos homens pré-históricos nas paredes das cavernas. Como os homens desta época não tinham um sistema de escrita desenvolvido, utilizam os desenhos como uma forma de comunicação. Retratavam nestas pinturas cenas do cotidiano como, por exemplo, a caça, animais, descobertas, plantas, rituais etc. As paredes das cavernas serviam também como uma espécie de agenda, onde eram desenhadas algumas idéias ou mensagens.

Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal. Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.


Para realizar essas pinturas, os homens primitivos usavam carvão, terra das mais diversas tonalidades, pigmentos coloridos retirados de raízes de árvores, ou sementes, como o urucum. Pelos de animais serviam como pinceis e gordura animal ou óleo vegetal eram utilizados para fixar o pó colorido na pedra.

Os antropólogos construíram muitas teorias sobre os motivos que levaram o homem desse período a elaborar as pinturas rupestres. A teoria mais aceita seria a da Magia simpática. Segundo ela, os homens fizeram tais pinturas para se apoderarem das almas dos animais abatidos, impedindo-os de desaparecerem e certificando-se, assim, de que a caça não iria acabar. Para esses homens primitivos a pintura servia como a garantia de uma boa caçada. eles pintavam seu sucesso na parede esperando que aquilo se reproduzisse também na vida real.

Charges sobre a Pré-história

Paleolítico Inferior: 2000000 a 40000 a.C

O Período Paleolítico Inferior (do grego paleos = antigo + lithos = pedra) é o período mais longo da Pré-História. Ele abrange a fase das glaciações, quando baixas prolongadas da temperatura provocaram a expansão da calota polar, alterando profundamente o clima do Hemisfério Norte. A América do Sul também sofreu glaciações, mas antes que o homem nela se fixasse.

Os geólogos identificam quatro glaciações no Hemisfério Norte. Elas começaram cerca de 600000 anos atrás e se prolongaram, intercaladas com longos períodos mais cálidos, até perto de 10000 a.C. Durante as épocas glaciais, os ancestrais do homem atual abrigavam-se em cavernas e viviam basicamente da caça. Às vezes, a escassez de alimento os obrigava ao nomadismo (mudança constante de endereço). Para abater os grandes mamíferos dessas fases de baixas temperaturas (mamutes, rinocerontes lanudos, bisões e alces), os homens começaram a organizar-se em grupos e a estabelecer laços de cooperação e solidariedade, pois disso dependia a própria sobrevivência da espécie.

O maior passo dado pelo homem no Paleolítico Inferior foi a utilização do fogo, que lhe permitiu aquecer-se, obter iluminação à noite, afastar animais ferozes e cozinhar alimentos. Esse grande avanço deveu-se ao Homo erectus. Inicialmente, os homens procuravam conservar o fogo provocado por causas naturais (queda de um raio sobre uma árvore ou um incêndio florestal); depois, por volta de 500 000 a.C., passaram a desenvolver técnicas para produzir fogo.

Os primeiros utensílios de pedra eram muito simples (daí o nome de Idade da Pedra Lascada, dado ao Período Paleolítico). Com o decorrer do tempo, esse instrumental tomou-se mais elaborado, inclusive com a adição de componentes de madeira. As armas evoluíram, surgindo as lanças, facas e machadinhas. E, como a expansão dos grupos humanos começou a gerar conflitos, os artefatos de caça foram adaptados para a guerra.

No final do Paleolítico Inferior, os homens de Neanderthal começaram a sepultar os mortos, nas cavernas ou em suas proximidades. Alimentos e armas eram enterrados com os corpos, denotando algum tipo de crença ligada ao sobrenatural.