quarta-feira, 30 de março de 2011

Vestuário no Período Neolítico

Indumentária: os vegetais (como o linho), são tratados a princípio com a técnica da feltragem. Surge depois a tecelagem.

Primeiros tecidos: produção de saiotes e outras peças decorados com franjas, conchas, sementes, pedras coloridas, garras e dentes de animais etc.

A maioria das roupas parece ter sido feita com peles de animais, o que pode ser indicado pelo achado de grande quantidade de alfinetes (ou broches) feitos com ossos e chifres, ideais para a fixação do couro, mas não de tecidos.

No entanto, tecidos de lã e linho já eram, provavelmente, fabricados na Grã-Bretanha neolítica, como sugerido por achados de pedras perfuradas as quais (dependendo de seu tamanho) poderiam ter sido utilizadas como espirais de fusos ou pesos de teares.

As roupas usadas no período Neolítico podem ser ilustradas pela figura de Ötzi, o Homem da Idade do Gelo, embora ele não tenha sido nem britânico nem vivido no período Neolítico, e sim mais tarde, durante a tardia Idade do Cobre.

Vejamos algumas peças e objetos relacionados ao vestuário neolítico:

Múmia e reconstituição das roupas e provável aparência de Öetzi, o "homem do gelo", encontrado em 1991 em Bolzano, norte da Itália, e que viveu provavelmente cerca de 33.000 a.C. na Era Calcolítica (Idade do Cobre), morto com cerca de 45 anos de idade.

Agulha e botão pré-históricos

Saia de cordas terminando em franjas, fechada em torno da cintura com um cinto de tecido. Cinto com disco de metal. Roupas encontradas na tumba Egtved, início da Idade do Bronze, Museu Nacional, Copenhague, Dinamarca.

Roupa masculina: túnica em peça única, mais ou menos retangular, presa aos ombros, encontrada em Trindhöj, início da Idade do Bronze, Museu Nacional, Copenhague.

Roupas de lã encontradas em Skrydstrup e Borum Eshöj, Início da Idade do Bronze, Dinamarca, Museu Nacional, Copenhague.

Fonte: http://www.deedellaterra.blogspot.com

Cultura no Neolítico

O cultivo da terra deu origem a cultos agrários, já que os homens acreditavam que havia fenômenos naturais e forças sobrenaturais que influenciavam as colheitas. Surgiram assim as primeiras estátuas, que mostram uma deusa, ligando a fertilidade da mulher à fertilidade da terra. Outra manifestação de arte foram a criação dos monumentos megalíticos, para o culto funerário. Os mais simples são os menires e os dólmens. O agrupamento de vários menires em linha ou círculo dá-se o nome de cromeleques.


Monumentos megalíticos

Monumento megalítico, ou megálito, do grego mega, megalos, grande, e lithos, pedra, designa uma construção monumental com base em grandes blocos de pedras rudes.

Em arqueologia, designa o conjunto de construções de grandes blocos de pedras, típicas das sociedades pre´-históricas, edificadas essencialmente no período neolítico (por vezes também na idade do cobre e Bronze) com objetivos simbólicos, religiosos e principalmente funerários.

As primeiras construções megalíticas, da Europa Ocidental, localizam-se em Portugal, e datam de finais do VI milénio antes da nossa era. Espalharam-se desde a Península Ibérica até aos países nórdicos e norte de África. Na África Central, também se encontram testemunhos destas construções.


Stonehenge é um monumento megalítico da idade do Bronze, localizado na planície de Salisbury, no Sul da Inglaterra. É o mais visitado e conhecido círculo de pedras britânico, e até hoje é incerta a origem da sua construção, bem como da sua função, mas acredita-se que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos. O Stonehenge é uma estrutura composta, formada por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinquenta toneladas.

Recolhendo os dados a respeito do movimento de corpos celestiais, as observações de Stonehenge foram usadas para indicar os dias apropriados no ciclo ritual anual. Nesta consideração, é importante mencionar que a estrutura não foi usada somente para determinar o ciclo agrícola, uma vez que nesta região o Solstício de Verão ocorre bem após o começo da estação de crescimento; e o Solstício de inverno bem depois que a colheita é terminada. Desta forma, as teorias atuais a respeito da finalidade de Stonehenge sugerem seu uso simultâneo para observações astronômicas e a funções religiosas, sendo improvável que estivesse sendo utilizado após 1100 a.C..

A explicação científica para a construção está no ponto em que o monumento tenha sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com exatidão, a ocorrência de datas significativas como solstícios e equinócios, eventos celestes que anunciam as mudanças de estação. Para isto basta se posicionar adequadamente entre os mais de 70 blocos de arenito que o compunham e observar-se na direção certa. Esta descoberta se deu em 1960, demonstrando, através da arqueologia, que os povos neolíticos, 3000 anos antes de Cristo, já tinham este conhecimento.

A importância estaria vinculada diretamente à agricultura dos povos da época. Segundo o historiador Johnni Langer, a vida dos povos agrícolas está ligada ao ciclo das estações, e o homem pré-histórico precisava demarcar o tempo para saber quais eram as melhores épocas para colheita e semeadura, e a observação do céu nasceu daí