quinta-feira, 14 de abril de 2011

Para pensar:

A teoria de Charles Darwin sobre a evolução das espécies causou o maior impacto na vida das pessoas, gerando, inclusive, muitas críticas e ofensas a ele mesmo. Se você estivesse no lugar de Darwin você teria coragem de revelar suas descobertas e arrumar um problemão para você e toda a sua família?

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Pré-história

É o período que compreende deste o aparecimento do Homem no planeta até a invenção da escrita, por volta de 3500 anos antes de Cristo. Também pode ser contextualizada para um determinado povo ou nação como o período da história desse povo ou nação sobre o qual não haja documentos escritos. Assim, no Egito, a pré-história terminou aproximadamente em 3500 a.C.., enquanto que no Brasil terminou em 1500 e na Nova Guiné ela terminou aproximadamente em 1900. Para muitos historiadores o próprio termo "pré-história" é errôneo, pois não existe uma anterioridade à história e sim à escrita. Não é porque um determinado povo não use a linguagem escrita que ele não tenha história, não é mesmo?

Podemos dividir o período em 3 fases:

PALEOLÍTICO: onde o Homem vive em pequenos grupos nômades (migram de um lugar para o outro em busca de alimentos) em busca de sua subsistência através da caça, pesca e coleta de frutas e raízes.

NEOLÍTICO: é considerada uma fase de intensa transformação no modo de vida, em especial porque o Homem passa a dominar a Agricultura e a Domesticar os animais, possibilitando sua fixação em único lugar (sedentarização), pois com essa mudança passa a ter o controle sobre a produção de alimentos. O aperfeiçoamento tecnológico na produção dos utensílios proporciona a formação de excedentes produtivos (sobra de alimentos), propiciando a separação entre o trabalho manual (camponeses e artesãos) e trabalho intelectual (administradores da produção, responsáveis pela escrita e contabilidade).

IDADE DOS METAIS: período onde se iniciou o uso dos metais no fabrico dos utensílios. Fase da Revolução Urbana, onde as aldeias transformaram-se em grandes aglomerados humanos (cidades) e do aparecimento das primeiras civilizações, com uma organização social mais complexa.

Arte Rupestre: Magia simpática?

Arte Rupestre é um tipo de arte feita pelos homens pré-históricos nas paredes das cavernas. Como os homens desta época não tinham um sistema de escrita desenvolvido, utilizam os desenhos como uma forma de comunicação. Retratavam nestas pinturas cenas do cotidiano como, por exemplo, a caça, animais, descobertas, plantas, rituais etc. As paredes das cavernas serviam também como uma espécie de agenda, onde eram desenhadas algumas idéias ou mensagens.

Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal. Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.


Para realizar essas pinturas, os homens primitivos usavam carvão, terra das mais diversas tonalidades, pigmentos coloridos retirados de raízes de árvores, ou sementes, como o urucum. Pelos de animais serviam como pinceis e gordura animal ou óleo vegetal eram utilizados para fixar o pó colorido na pedra.

Os antropólogos construíram muitas teorias sobre os motivos que levaram o homem desse período a elaborar as pinturas rupestres. A teoria mais aceita seria a da Magia simpática. Segundo ela, os homens fizeram tais pinturas para se apoderarem das almas dos animais abatidos, impedindo-os de desaparecerem e certificando-se, assim, de que a caça não iria acabar. Para esses homens primitivos a pintura servia como a garantia de uma boa caçada. eles pintavam seu sucesso na parede esperando que aquilo se reproduzisse também na vida real.

Charges sobre a Pré-história

Paleolítico Inferior: 2000000 a 40000 a.C

O Período Paleolítico Inferior (do grego paleos = antigo + lithos = pedra) é o período mais longo da Pré-História. Ele abrange a fase das glaciações, quando baixas prolongadas da temperatura provocaram a expansão da calota polar, alterando profundamente o clima do Hemisfério Norte. A América do Sul também sofreu glaciações, mas antes que o homem nela se fixasse.

Os geólogos identificam quatro glaciações no Hemisfério Norte. Elas começaram cerca de 600000 anos atrás e se prolongaram, intercaladas com longos períodos mais cálidos, até perto de 10000 a.C. Durante as épocas glaciais, os ancestrais do homem atual abrigavam-se em cavernas e viviam basicamente da caça. Às vezes, a escassez de alimento os obrigava ao nomadismo (mudança constante de endereço). Para abater os grandes mamíferos dessas fases de baixas temperaturas (mamutes, rinocerontes lanudos, bisões e alces), os homens começaram a organizar-se em grupos e a estabelecer laços de cooperação e solidariedade, pois disso dependia a própria sobrevivência da espécie.

O maior passo dado pelo homem no Paleolítico Inferior foi a utilização do fogo, que lhe permitiu aquecer-se, obter iluminação à noite, afastar animais ferozes e cozinhar alimentos. Esse grande avanço deveu-se ao Homo erectus. Inicialmente, os homens procuravam conservar o fogo provocado por causas naturais (queda de um raio sobre uma árvore ou um incêndio florestal); depois, por volta de 500 000 a.C., passaram a desenvolver técnicas para produzir fogo.

Os primeiros utensílios de pedra eram muito simples (daí o nome de Idade da Pedra Lascada, dado ao Período Paleolítico). Com o decorrer do tempo, esse instrumental tomou-se mais elaborado, inclusive com a adição de componentes de madeira. As armas evoluíram, surgindo as lanças, facas e machadinhas. E, como a expansão dos grupos humanos começou a gerar conflitos, os artefatos de caça foram adaptados para a guerra.

No final do Paleolítico Inferior, os homens de Neanderthal começaram a sepultar os mortos, nas cavernas ou em suas proximidades. Alimentos e armas eram enterrados com os corpos, denotando algum tipo de crença ligada ao sobrenatural.

O Paleolítico Superior: 40000 a 10000 a.C.

O Período Paleolítico Superior coincide aproximadamente com a última glaciação. O homem de Cro-Magnon, que surgiu por volta de 40000 a.C., é o representante característico do período. Essa subespécie do Homo sapiens dividiu-se em várias culturas locais, distribuídas pela Espanha, Sul da França e Europa Centro-Oriental.

Período de glaciação

Os Cro-Magnon ainda eram coletores, caçadores e pescadores. Seus instrumentos, porém, passaram por transformações. Como o gelo dificultava a obtenção de pedras, diversos utensílios começaram a ser confeccionados com ossos e marfim; o arco e a flecha surgiram nesse período, bem como arpões e agulhas.

Em parte devido ao longo tempo que passavam dentro das cavernas, mas graças sobretudo ao desenvolvimento da própria inteligência, os homens do Paleolítico Superior deram início à produção artística, pintando animais e cenas de caça nas paredes das grutas. Essa arte rupestre (isto é, pintada ou gravada na rocha), além de sua concepção realista, possuía uma função mágica porque, ao executá-la, o homem acreditava estar garantindo caça abundante para seu grupo.

Na mesma época do Período Paleolítico, começaram a ser esculpidas estatuetas femininas em marfim, com alguns centímetros de altura, que os especialistas hoje chamam de Vênus (do nome da deusa greco-romana do amor e da beleza feminina). Essas figuras eram dotadas de seios fartos e quadris exagerados, o que certamente as vinculava à idéia de fertilidade.

A passagem do período Paleolítico para o Neolítico foi bastante gradual, tendo levado cerca de 10.000 anos, e ficou conhecida como a Revolução Neolítica (nome dado pelo historiador Gordon Childe), visto terem ocorrido conquistas tecnológicas que garantiram a sobrevivência dos povos nesse período.
As principais alterações foram:

  • A crosta terrestre aquece, aumentando o nível dos mares e resultando em alterações climáticas.
  • Formam-se grandes rios e desertos, além de florestas temperadas e tropicais.
  • Animais de grande porte desaparecem e dão origem à fauna que conhecemos hoje.
  • A vida vegetal modifica-se, favorecendo a sobrevivência humana.
  • Dão-se grandes conquistas técnicas do homem que, aliadas às transformações do ambiente, permitem ao ser humano controlar gradativamente a natureza.
  • O homem aprende aos poucos a reproduzir plantas, domesticar animais e estocar alimentos.
  • A agricultura e a domesticação de animais favorecem um sensível aumento populacional em algumas regiões.
  • Ampliam-se as conquistas técnicas, como a produção de cerâmica.
  • Os povos aprendem aos poucos como se organizar e trabalhar em sistemas cooperativos.

Neolítico ou Idade da pedra lascada

A passagem do Paleolítico Superior para o Período Neolítico foi marcada pelo término da última glaciação do Hemisfério Norte.

Com o recuo das geleiras, o nível dos mares se elevou, as terras emersas diminuíram e o clima se modificou nesse período: enquanto a Europa Central e parte da Europa Setentrional se tomaram temperadas, o Norte da África perdeu sua umidade e a região do Saara transformou-se em deserto; o mesmo aconteceu, em menor escala, do Oriente Próximo à Ásia Central. Diante disso, homens e animais tiveram de migrar para os vales dos grandes rios.

Paralelamente ao Período Neolítico, ocorreu um crescimento da população humana, o que tomou mais difícil sua subsistência apenas com a caça e a coleta de frutos e raízes. Esse fato levou os homens a iniciar sua sedentarização, por meio do plantio de trigo, cevada e aveia. Ao mesmo tempo, alguns animais foram domesticados e o homem tornou-se criador de bois e de ovelhas. Esse processo, que se iniciou na Mesopotâmia, é conhecido pelo nome de Revolução Agrícola, visto que a importância da agricultura sobrepujava largamente a do pastoreio.

A passagem da economia de coleta para a produção de alimentos liberou parte da comunidade para atividades outras que não as diretamente ligadas à subsistência. Essa população excedente criou nesse período os primeiros aglomerados urbanos protegidos por fossos e paliçadas contra ataques de outros grupos Neolíticos.

As novas condições econômicas e sociais provocaram mudanças tecnológicas. Para armazenar os cereais em recipientes, o homem deu início à cerâmica. Ao mesmo tempo, começou a tecer o linho e a lã, com a finalidade de substituir as peles de animais até então utilizadas como vestuário.

Em função da nova realidade do período, os homens se organizaram em comunidades estáveis. Estas eram estruturadas principalmente a partir dos laços de sangue, formando clãs. A posição do indivíduo dependia do grau de seu parentesco com o chefe do grupo. Como a terra era propriedade coletiva e as técnicas de plantio rudimentares, raramente havia excedentes de produção.

Em alguns pontos da Europa, o início do Período Neolítico foi marcado pela construção de monumentos megalíticos, isto é, formados por enormes blocos de pedra. Tais monumentos certamente tinham conotação mística, combinada talvez com um caráter funerário, pois a arte e a magia continuavam interligadas.

AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO NEOLÍTICO FORAM:

  • O desenvolvimento da agricultura
  • A introdução da pecuária na vida humana
  • O desenvolvimento da cestaria e da cerâmica
  • A invenção da roda
  • A invenção dos barcos
  • Os instrumentos de pedra polida