segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novas esfinges encontradas no Egito

Cairo, 15 novembro.- Uma equipe de arqueólogos descobriu 12 novas esfinges, estátuas com corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro, na antiga avenida que unia os templos faraônicos de Luxor e Karnak, a 600 quilômetros ao sul do Cairo,

Segundo um comunicado do Conselho Supremo de Antiguidades estas esculturas datam da época do último rei da 30ª dinastia (343-380 a. C.).

A avenida, ladeada por uma dupla fila de esfinges que representavam o deus Amon, tem cerca de 2.700 metros de comprimento e 70 de largura e foi construída por Amenhotep III (1372-1410 a.C.) e restaurada, posteriormente, por Nectanebo I (380-362 a.C.).

Por outro lado, os arqueólogos descobriram também um novo caminho que une a avenida onde foram achadas as estátuas, com o rio Nilo.

A nota explica que, até o momento, só foram desenterrados 20 metros dos 600 que compõem o novo caminho, e que continuam as escavações para descobrir o resto deste trajeto, construído com pedra de arenito, um sinal da importância que tinha em seu tempo, esclarece o comunicado.

O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawas, explicou que o caminho achado era o que se utilizava para transferir em procissão a imagem do deus Amon em sua viagem anual ao templo de Luxor, para se encontrar com a imagem de sua mulher Mut.

Além disso, esta via era utilizada pelo rei quando participava de cerimônias religiosas, segundo Hawas.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estátua do faraó Amenhotep III é encontrada em Luxor


CAIRO, 05/11/2010 - Arqueólogos encontraram em Luxor, no sul do Egito, parte de uma estátua de quase 3.400 anos que representa o faraó Amenhotep III, anunciou nesta quinta-feira o ministro egípcio de Antiguidades, Zahi Hawass.

A estátua mostra o faraó sentado ao lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão. A metade superior da estátua, em granito vermelho, foi descoberta no sítio do templo funerário de Amenhotep III, em Kom Al Hitan, no oeste de Luxor.

"É um dos achados mais lindos feitos no sítio funerário" de Amenhotep III, disse Hawass.

Os arqueólogos já haviam descoberto, no mês passado, outra estátua do faraó Amenhotep III, de 3.000 mil anos, na mesma região.

Amenhotep III, que reinou o Egito entre 1390 e 1352 a.C, seria o avô de Tutankamon, segundo análises de DNA de diversas múmias.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A descoberta do Nephilim

Fotos assombrosas de uma recente descoberta arqueológica na Grécia.

Esta descoberta completamente inesperada prova da existência de "Nephilim". Nephilim é a palavra usada para descrever o gigante que é falada nos tempos bíblicos por Enoque, e o gigante que lutou contra David (Golias).

Num. 13:33 - Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.

Gen. 6:04 - Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.

Fonte: http://visaoreal.com.br/fotos_assombrosas_de_uma_recente.htm

O senhores de Roma: CALÍGULA

Calígula era um valente cônsul e general do Império Romano, que morreu aos 34 anos de idade, possivelmente envenenado. Deixou um filho ainda pequeno, Caio Calígula, que foi adotado pelo imperador de Roma, Tibério. Calígula tinha 25 anos quando sucedeu ao pai adotivo e foi nomeado imperador. Com o tempo, o filho do general morto obteria todos os títulos imperiais, inclusive o de Augusto César, e o poder correspondente.

Como vivera desde os dois anos de idade no acampamento militar de seu pai, era querido pelos soldados que o viram crescer. Foram eles que lhe deram o sobrenome com o qual passou à história, Calígula, um diminutivo de caliga, o calçado militar dos romanos.

Um historiador da época, Suetônio, afirma que Calígula participou do assassinato do pai adotivo, Tibério. Este o havia designado como um de seus herdeiros - e, conhecendo seu caráter distorcido - também disse que preparava uma víbora para o povo romano. Segundo Tibério, Calígula tinha todos os vícios dos pais e nenhuma de suas virtudes.

Como Nero, Calígula começou a governar de forma liberal. Os cidadãos romanos chegaram a pensar que estavam no início de uma era feliz. Mas o imperador adoeceu, devido aos seus excessos e orgias, e, quando se recuperou, revelou sua maldade.

Para alguns historiadores, a doença deixou Calígula demente. Gastos exorbitantes, impostos altíssimos e a total falta de freios marcaram o resto de seu reinado. Sua crueldade com os presos e os escravos era tão grande quanto sua depravação na vida sexual. Divertia-se fazendo torturar condenados na frente de seus familiares. Tomava as posses de suas vítimas e não admitia ser contrariado em nada.

Mantinha uma casa de prostituição e ordenou que estátuas suas fossem colocadas em lugares de destaque em todos os templos, até nas sinagogas em Jerusalém. Nessa hora, entrou em conflito com os judeus, que não aceitaram esse desejo do imperador, que desejava ser adorado como um deus.

Nomeou senador romano seu cavalo, Incitatus, para quem construiu um palácio de mármore. Antes disso, havia nomeado o cavalo como sacerdote e designado uma guarda pretoriana (força militar romana criada para guardar o imperador e seus familiares) para tomar conta de seu sono. Sua idéia era humilhar o Senado romano e mostrar que se podia nomear um cavalo sacerdote e senador, podia fazer qualquer coisa com a vida de qualquer pessoa.

Os soldados apoiavam todas as loucuras do imperador. Por duas vezes Calígula escapou de atentados à sua vida: era odiado pelo povo. Mas foram os oficiais de sua guarda que, aterrorizados e fartos, decidiram acabar com seu governo desvairado. Numa conspiração que reuniu a guarda e senadores, o imperador foi assassinado num túnel que ligava o Palácio ao Fórum.

Calígula acreditava no terror como arma de poder e gostava de ser odiado: dizia: "Oderint dum metuant!" (que odeiem enquanto tremem de medo), referindo-se ao povo.

Os senhores de Roma: CLÁUDIO


Tibério Cláudio Nero César Druso foi Imperador de Roma entre 41 e 54. Era filho de Nero Cláudio Druso e Antónia Minor, neto de Livia Drusa, mulher de César Augusto, sobrinho de Tibério e irmão de Germânico.

Nasceu em Lugdunum na Gália (atual Lyon, França), tornando-se assim no primeiro imperador natural de fora de Itália. Desde a nascença que Cláudio sofreu de deficiências físicas que o tornaram coxo e com dificuldades de comunicação, visto que gaguejava fortemente. Talvez por isso, nunca foi levado a sério como possível general ou imperador e escapou à "limpeza" na família imperial romana efetuada pelos seus antecessores Tibério e Calígula. Era no entanto um homem muito culto a quem se deve o conhecimento atual da Língua Etrusca. Cláudio casou quatro vezes, com Plautia Urgulanilla, Aelia Paetina, Messalina e a sobrinha Agripina, a jovem. Nenhum destes casamentos foi feliz. As duas primeiras mulheres foram repudiadas e Messalina foi executada por traição, adultério, libertinagem e acusação de conspiração. De Messalina, Cláudio teve os seus dois únicos filhos: Britânico e Otávia que haveria de casar com o irmão adotivo, o imperador Nero.

Foto: Messalina, uma das esposas de Cláudio

Como era habitual na época, o seu reinado não foi livre de assassínios e perseguição política, apesar do tom geral ser bastante mais calmo que o dos seus antecessores. Do ponto de vista econômico, Roma se recuperou depois dos excessos de Calígula, mesmo com os ambiciosos projetos iniciados pelo imperador. Entre estes contam-se a expansão do porto de Ostia e a construção de várias obras públicas. Foi também com Cláudio que Roma conquistou as Ilhas Britânicas em 43, criando a província romana da Britânia, e a Mauritânia (no norte da África). Tomou parte na invasão da Bretanha e acrescentou o título de Britannicus aos nomes de seu filho, para indicar a possessão romana da nova região. Para o fim da vida, Cláudio tornou-se bastante vulnerável à influência de Agripina. Por sua indicação deserdou o seu próprio filho e nomeou o enteado Nero como sucessor. O fato de ter morrido de repente pouco depois desta troca de sucessor, levou e leva muitos historiadores a pensar na hipótese de assassinato. Foi o primeiro imperador de Roma a ser divinizado após Augusto.

O infeliz Cláudio foi traído por sua esposa Messalina, famosa pela quantidade de amantes que possuía. Depois que se separou dela, casou-se com Agripina e foi pior ainda. Bancando a boa mulher, ela deu a Cláudio um delicioso prato de cogumelos... envenenados. E assim o imperador foi despachado para o reino de Plutão (o reino dos mortos).

Os senhores de Roma: NERO

Nero foi um imperador romano do ano de 54 a 68 da era cristã. Até hoje é uma das figuras históricas mais polêmicas de todos os tempos. Seu nome completo era Nero Cláudio Augusto Germânico. Nasceu na cidade de Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37.

Biografia e vida política

Nero tornou-se imperador romano com 16 anos em 13 de outubro de 54, numa época de grande esplendor do Império Romano. Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero mostrou-se um bom administrador. Na política, usou a violência e as armas para combater e eliminar as revoltas que aconteciam em algumas províncias do império.

Nero tinha muitos caprichos pessoais. Por exemplo, imaginava-se um grande artista e obrigava as pessoas passarem horas assistindo as suas apresentações de canto, declamação de poesia e dança. Supunha-se o maior artista da civilização greco-romana e ai de quem não achasse!

Certa vez, apaixonou-se por um jovem escravo e então mandou que cortassem fora os órgãos genitais do rapaz para que ele ficasse parecido com uma moça. Horrível não?

No tocante às guerras de expansão, Nero demonstrou pouco interesse. De acordo com os historiadores da antiguidade, empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia.

Suas decisões políticas, militares e econômicas eram fortemente influenciadas por algumas figuras próximas. Entre elas, podemos citar sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lucio Sêneca.

O que mais marcou a história de Nero foi o caso do incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64. Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente. O imperador estava em Anzio no momento do incidente e retornou à Roma ao saber do incêndio. Os que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava. Conta-se que ele colocou fogo na cidade porque precisava de inspiração para compor um poema.


O fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras. O espetáculo dos cristãos não foi suficiente para alegrar a população que estava descontente com as suas loucuras. Nero teve que fugir e para não cair nas garras dos inimigos, ordenou que um escravo o matasse.

Além deste episódio, outros colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio. Em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina. Nero morreu em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim a dinastia Julio-Claudiana. Suas últimas palavras foram "Que grande artista morre comigo!"

As invasões bárbaras e a queda do império romano

A formação de um vasto império proporcionou aos romanos uma série de dificuldades ligadas à manutenção dos limites territoriais com outros povos europeus. Durante o século IV os povos germânicos foram gradativamente atraídos pela disponibilidade de terras férteis e o clima ameno das possessões romanas. Paralelamente, essas populações também sofriam com a pressão militar exercida pelos hunos, habilidosos guerreiros mongóis que forçavam a entrada dos germânicos no Império Romano.

Naquele período, os romanos tinham o costume de chamar esses invasores estrangeiros de “bárbaros”. Essa palavra de origem grega era genericamente destinada a todo aquele que não tinha capacidade de assimilar a língua e os costumes romanos. Apesar dessa distinção, as invasões bárbaras foram responsáveis diretas por um intenso intercâmbio cultural que modificou profundamente a formação étnica, política, econômica, linguística e religiosa do mundo ocidental.


Inicialmente, a aproximação entre os romanos e bárbaros ocorreu de maneira pacífica ao longo da fronteira natural estabelecida pelo Rio Reno. No século XII a.C., a tentativa de expansão dos territórios romanos estabeleceu o envio de tropas para as imediações do rio Elba. Tal ação poderia ser o primeiro passo para que o Império Romano pudesse estabelecer novos domínios na Germânia. Contudo, os povos dessa região acabaram impondo a fronteira romana para trás do rio Reno.

Progressivamente, o contato com os bárbaros permitiu a entrada de estrangeiros na própria estrutura de poder romana. Alguns germânicos eram contratados para realizar a guarda pessoal dos imperadores. Ao mesmo tempo, os povos que habitavam a fronteira foram reconhecidos como federados, tendo a função de evitar que outros povos estrangeiros adentrassem os domínios romanos. Entretanto, no momento que os hunos atacaram as tribos germânicas, a entrada de estrangeiros se intensificou.

Fugindo do terror imposto pelos hunos, os visigodos romperam a fronteira do Império e pediram ajuda das autoridades romanas. O Imperador Valente decidiu abrigá-los na Macedônia com a condição de garantirem a proteção das fronteiras daquela região. Contudo, a presença dos visigodos se tornou uma ameaça no momento em que estes estrangeiros tentaram controlar politicamente o espaço macedônico. Logo em seguida, outras tribos buscaram a Europa como refúgio

Observando a fragilidade militar dos romanos, algumas tribos germânicas vislumbraram a possibilidade de conquistar algumas partes do Império. Por volta de 402, o rei Alarico, da tribo dos visigodos, promoveu uma série de campanhas militares que deveriam conquistar a Península Itálica. Para que não tomasse a cidade de Roma, este monarca recebeu das autoridades romanas uma vultosa indenização em terras e tributos. Logo em seguida, os visigodos tomaram a Península Ibérica e a região sul da Gália. Por volta de 406, as tribos germânicas dos quados, vândalos, suevos e alanos também adentraram o militarmente combalido território romano. Os vândalos conquistaram o norte da África e, sob o comando de Genserico, formaram seu reino com capital em Cartago. Em 455, aproveitaram de seu fortalecimento econômico e militar para saquear a cidade de Roma. Os francos conquistaram a porção norte da Gália. Os burúngios, em 433, se fixaram na região do rio Ródano. Jutos, anglos e saxões promoveram em conjunto a conquista da ilha da Bretanha. O Império Romano se mostrava todo desfigurado com a formação de novos reinos que tomaram toda Europa Ocidental. Aos romanos ainda restava o controle da Península Itálica. Contudo, no ano de 476, os hérulos, comandados pelo rei Odoraco, depuseram Rômulo Augústulo, o último imperador do Império Romano do Ocidente.

A desordem política e a disseminação do cristianismo foram dois fatores que, somados às Invasões Bárbaras, foram responsáveis pela crise do Império Romano. O império do Ocidente caiu no ano de 476, mas o império sobreviveu por mais mil anos, Constantinopla foi a sua capital.

Fontes:
www.brasilescola.com
www.historiadomundo.com.br

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

As Guerras Médicas

Período Clássico estende-se entre 480 a.C. e 359 a.C. e é dominado por Esparta e Atenas. Cada um destas pólis desenvolveu o seu modelo político (a oligarquia militarista em Esparta e a democracia aristocrata em Atenas).

Ao nível externo verifica-se a ascensão do Império Persa Aqueménida quando Ciro II conquista o reino dos Medos. O Império Aqueménida prossegue uma política expansionista e conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor. Atenas e Erétria apoiam a revolta das cidades gregas contra o domínio persa, mas este apoio revela-se insuficiente já que os Jónios são derrotados: Mileto é tomada e arrasada e muitos Jónios decidem fugir para as colónias do Ocidente. O comportamento de Atenas iria gerar uma reacção persa e esteve na origem das Guerras Médicas (490-479 a.C.).

Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças persas de Dario I, que já tinham passado por Erétria, destruindo esta cidade. O encontro entre Atenienses e Persas ocorrem em Maratona, saldando-se na vitória dos Atenienses, apesar de estarem em desvantagem numérica.

io prepara a desforra, mas faleceu em 485, deixando a tarefa ao seu filho Xerxes I que invadiu a Grécia em 480 a.C.. Perante a invasão, os Gregos decidem esquecer as diferenças entre si e estabelecem uma aliança composta por 31 cidades, entre as quais Atenas e Esparta, tendo sido atribuída a esta última o comando das operações militares por terra e pelo mar. As forças espartanas lideradas pelo rei Leónidas I conseguem temporariamente bloquear os Persas em Termópolis, mas tal não impede a invasão da Ática. O general Temístocles tinha optado por evacuar a população da Ática para Salamina e sob a direcção desta figura Atenas consegue uma vitória sobre os Persas em Salamina. Em 479 a.C. os gregos confirmam a sua vitória desta feita na Batalha de Plateias. A frota persa foge para o Mar Egeu, onde em 478 a.C. é vencida em Mícale.

A Liga de Delos e a Liga do Peloponeso


A Liga de Delos foi uma liga marítima organizada por Atenas durante asGuerras Médicas. Tinha como principal objetivo a defesa das cidadesgregas de um ataque persa. Sua sede era na cidade de Delos. O ateniense Aristides, o Justo, organizou a força marítima da liga em 476 a.C

Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo havia passado e abandonaram a liga.

As grandes cidades forneceram tropas e navios, enquanto as menores pagaram uma contribuição (phoros) ao tesouro de Delos. Depois da vitória contra os persas, Atenas forçou as cidades-estado aliadas a continuarem na liga, e transformou a contribuição de dinheiro em impostos (syntaxes)

Em 450 a.C., o tesouro da liga foi transferido de Delos para Atenas. Parte do dinheiro da liga foi gasto na reconstrução de Atenas, que atingiu seu máximo esplendor e transformou-se num império marítimo e comercial durante o governo de Péricles, que também foi responsável pela construção do Partenon.



A Liga do Peloponeso foi uma aliança de várias cidades-estados na península do Peloponeso, na Grécia Antiga, durante os séculos VI e V a.C..

No final do século VI a.C., Esparta se tornou a cidade-estado mais poderosa do Peloponeso, e detinha hegemonia política e militar sobre Argos, a segunda cidade-estado mais poderosa. Esparta adquiriu dois fortes aliados Corinto e Elis, libertando Corinto da tirania e auxiliando Elis a manter o controle dos Jogos Olímpicos. Esparta prosseguiu com a mesma estratégia para conseguir outros aliados em sua liga. Derrotou ainda Tegea em uma guerra de fronteira e lhes ofereceu aliança defensiva permanente; este era o ponto decisivo para a política externa espartana.

Muitas outras cidades-estados do centro e do norte da península do Peloponeso uniram-se a liga, que eventualmente incluia todos as cidades peloponesas, exceto Argos e Achaea. A superioridade espartana foi garantida quando Esparta derrotou Argos em batalha, em 546 a.C..

A liga estava organizada com Esparta como centro principal, e era controlada pelo conselho de aliados, que eram compostos de dois corpos. O primeiro corpo era a Assembléia dos Espartanos, e o segundo era o Congresso dos Aliados, no qual cada cidade-estado aliada possuía um voto independentemente do tamanho da cidade-estado ou de sua força geopolítica. Nenhum tributo era pago, exceto casos de guerra, onde um terço dos militares de um estados poderiam ser requisitados. Apenas Esparta poderia convocar um congresso da Liga. Todas alianças eram feitas em Esparta apenas, então os estados membros tinham que formar suas próprias alianças com os outros. E apesar de que cada cidade-estado tinha um voto, Esparta não era obrigada a obedecer qualquer resolução que a Liga viesse a tomar. Por isso, a Liga do Peloponeso não era exatamente uma "aliança" no sentido mais rígido da palavra (nem era completamente poleponesa na totalidade de sua existência).

A Guerra do Peloponeso


As relações entre Atenas e Esparta eram tensas, ainda que formalmente amigáveis durante as Guerras Médicas, agudizando-se gradualmente a partir de 450 a.C., com lutas frequentes e tréguas cíclicas, tudo pela disputa da hegemonia grega. Atenas, dominando politicamente a Liga de Delos (também chamada de Liga Marítima Ateniense), controlava o comércio marítimo com a sua poderosa frota, desfrutando igualmente de uma boa situação financeira. Esparta, por seu lado, assentava a sua estratégia política num exército imbatível e bem treinado, respondendo à Liga de Delos com uma confederação de cidades do Peloponeso (península no sul da Grécia) e da Grécia Central, a Liga do Peloponeso. O crescente poderio e a riqueza inigualável de Atenas alarmava Esparta, como dizia Tucídides. A guerra era assim inevitável, como pensava Péricles, que acumulou uma notável reserva financeira para suportar um conflito em larga escala. Em 445 a.C. ainda se chegou a uma acordo de paz previsto para trinta anos. Todavia, as alianças estavam feitas, e aí residia o detonador da guerra.


Corcira, colônia de Corinto, ponte natural entre a Grécia e o Ocidente, queria celebrar com Atenas uma aliança, que daria condições de dominar o comércio com o Ocidente. Corinto era aliada de Esparta, o que implicava que Córcira alinhasse nessa aliança. As cidades de Esparta, Corinto, Tebas e Mégara aliaram-se contra Atenas e seus aliados, dando início à Guerra do Peloponeso, que durou 27 anos, envolvendo quase todas as cidades-estados gregas, e provocou o enfraquecimento da Grécia.

De 431 a 421 a.C., os combatentes devastaram reciprocamente seus respectivos territórios sem chegarem a alcançar êxitos decisivos. A guerra começou na Primavera - no Outono e no Inverno não se combatia -, quando Tebas, aliada de Esparta na Grécia Central, atacou Platéia, do bloco ateniense. Esparta invadiu a Ática com seus aliados em 431 a.C.. Péricles, avaliando corretamente a superioridade do exército terrestre de Esparta, convenceu os atenienses a refugiar a população do território da polis ateniense dentro das longas muralhas que ligavam Atenas a seu porto, o Pireu, e a evitar uma batalha em terra com o superior exército espartano.

Atenas confiava em sua frota de trirremes para invadir o Peloponeso e proteger seu império e suas rotas comerciais, mas foi gravemente surpreendida pela deflagração de uma epidemia - conhecida como "Peste do Egito" - em 430 a.C., que matou cerca de um terço da população, inclusive Péricles. Apesar disso, a frota teve boa performance e foi estabelecida uma trégua de um ano, em 423 a.C. A guerra estava equilibrada e as cidades beligerantes desgastadas. Por isso, esse primeiro período foi encerrado em 421 a.C. pelo Tratado de Nícias (sendo esse o nome de um governante de Atenas), que garantia a paz durante cinqüenta anos. Aproveitando-se disso, as cidades aliadas a Atenas procuraram se libertar de sua opressão, ameaçando todo o sistema democrático que se apoiava na cobrança de tributos.

Trirreme grego

O declínio de Atenas marca a ascensão de Esparta e desfaz a única via possível para a unificação política do mundo grego, afetada rudemente com a devolução aos Persas das cidades da Ásia Menor em troca do seu ouro. A substituição do império ateniense, baseado no projeto de Delos, por um outro, militarizado, como o de Esparta, não trouxe grandes alterações ou momentos de grandeza helênica, pelo contrário, iniciou o apagar do "fogo grego".

A importância da guerra

A importância desta guerra reside também no fato de ter envolvido quase todos os Estados gregos, além de ter registrado um número sem precedentes de homens em armas e um elevado consumo de recursos materiais. O poder naval foi fundamental, num teatro de operações onde tal se justificava, pois desenrolou-se entre a Ásia Menor e a Sicília. Anteriormente, as guerras tinham uma curta duração, com alguns rencontros de infantaria (hoplitas) e poucos combatentes, sem grandes estratégias e investimentos logísticos, com um carácter simples e com o seu fim a depender de cadências pela fome ou fuga de uma facção. A Guerra do Peloponeso foi diferente: grandes blocos de Estados, várias áreas de combate, com estratégia definida e dependendo da ação de Esparta ou Atenas - uma, potência terrestre; a outra, naval e detentora de um império financeiro e comercial.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Período Helenístico

A partir do ano 350 a.C., uma nova civilização começou a crescer politicamente e militarmente no Mundo Antigo. A Macedônia, sob o domínio do rei Felipe II, iniciou um processo de expansão territorial que rompeu com a hegemonia do mundo grego. Tal invasão só foi possível devido às constantes disputas internas que levaram a enfraquecer o poderio militar grego.

Seguindo os passos do pai, o rei Alexandre, o Grande, continuou a expandir os domínios macedônicos até a Ásia Menor, chegando até a Índia. Esse vasto domínio de territórios controlados por Alexandre foi responsável por formar o chamado mundo helenístico. Essa região não só definia os limites do império macedônico, mas também indicava um conjunto de hábitos e práticas culturais institucionalizadas pelo governo alexandrino.

Sendo educado pelo filósofo grego Aristóteles, Alexandre entrou em contato com o conjunto de valores da cultura grega. Além disso, suas incursões pelo Oriente também o colocou em contato com outras culturas. Simpático ao conhecimento dessas diferentes culturas, o imperador Alexandre agiu de forma a mesclar valores ocidentais e orientais. É desse intercâmbio que temos definida a cultura helenística. Uma das mais significativas ações tomadas nesse sentido foi a construção da cidade de Alexandria, no Egito.

Dotada de complexas obras arquitetônicas, a cidade de Alexandria abrigava uma imensa biblioteca com um acervo superior a 500 mil obras. Outro hábito implementado pelo imperador era a promoção do casamento de seus oficiais e funcionários com mulheres de outras culturas. Com isso, Alexandre procurou singularizar o seu império transformando seu reinado em um campo de interpenetrações culturais.

Com sua morte, em 323 a.C., a unidade territorial do império foi perdida. Não deixando um sucessor direto ao trono, as conquistas deixadas por Alexandre foram alvo do interesse dos seus generais. Dessa disputa houve um processo de esfacelamento dos domínios macedônicos em três novos reinos. A dinastia ptolomaica dominou o Egito; os antigônidas ficaram com a Macedônia; e os selêucidas controlaram a Ásia.

A divisão político-territorial enfraqueceu a unidade mantida nos tempos de Alexandre. Durante o século II a.C., os romanos iniciaram seu processo de expansão territorial, resultando na dominação do antigo Império Macedônico.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os Jogos Olímpicos


Os Jogos Olímpicos começaram em 776 a.C. em Olímpia, na Grécia antiga, e duraram por mais de mil anos. Entretanto, o evento religioso que deu origem aos Jogos é bem mais antigo podendo datar do século 13 a.C.

Tal qual a Olimpíada moderna, os jogos eram realizados de 4 em 4 anos. Porém eles sempre aconteciam em Olímpia, os esportes eram menos numerosos e só podiam participar homens que falassem o idioma grego.

Olímpia atraía homens (as mulheres não eram permitidas) de todo o mundo grego. Não se sabe quantas pessoas compareciam aos Jogos, mas o estádio olímpico tinha a capacidade estimada entre 45 mil e 50 mil espectadores.

Os competidores chegavam a Olímpia um mês antes do início oficial do Jogos e passavam por um treinamento moral, físico e espiritual sob a supervisão dos juízes.


As mulheres não eram permitidas nos Jogos Olímpicos, não porque os atletas competiam nus, mas por ser Olímpia dedicada ao deus Zeus, sendo uma área sagrada para homens. Nas competições de bigas, realizadas fora da área sagrada, as mulheres era permitidas. Havia festivais femininos nos quais os homens eram banidos, sendo o mais famoso o Heraean, em Argos, o qual incluía competição de lançamento de dardo.

Embora a primeira Olimpíada tenha acolhido apenas uma disputa, novas categorias foram incluídas ao longo dos mais de mil anos do evento como forma de disputa política e militar. As corridas de biga, inicialmente com quatro cavalos, inauguraram um novo espaço de competições, o hipódromo, em 680 a.C., data da 25a edição dos jogos. Diversos personagens históricos protagonizaram embates nessa modalidade. O político Alcibíades, amigo e entusiasta de Sócrates, participou da corrida de 416 a.C. com nada menos que sete bigas. Segundo o historiador Tucídides, conquistou o primeiro, o segundo e o quarto lugares. Em 67 d.C., já sob o domínio romano, os gregos assistiram ao imperador Nero ser coroado vencedor mesmo sem ter cruzado a linha de chegada com sua biga puxada por dez cavalos. Embates corporais também fizeram parte do calendário olímpico da Antiguidade. Uma das modalidades, conhecida hoje como luta greco-romana, já fazia parte do treinamento físico dos jovens da Grécia desde o século 10 a.C. Os primeiros vestígios da inclusão dessa luta numa Olimpíada datam de 400 anos depois: foram encontrados em fragmentos de uma placa de bronze. Para vencer a luta, não havia contagem de tempo. As categorias eram divididas por idade. Era preciso jogar o oponente ao chão pelo menos três vezes — sem quebrar os dedos do adversário.

O boxe também foi disputado. Um busto representando um lutador de 330 a.C. dá conta da violência da modalidade – há inúmeras cicatrizes na imagem de bronze. Não havia luvas, rounds ou regras claras para aliviar o sofrimento dos competidores. O orador João Crisóstomo registrou em dois discursos que um tal Melancomas, morador de Caria (localizada na costa da Ásia Menor), teria sido o maior pugilista do primeiro século da era cristã.

Aspecto da luta olímpica grega

Aspecto da luta olímpica grega

A luta mais cruel da competição, porém, foi introduzida no calendário cerca de 100 anos depois da primeira Olimpíada. Para que se tenha ideia, os combatentes do chamado pancrácio eram punidos pelos juízes só em caso de mordidas ou quando um deles arrancasse o olho do adversário. O vencedor acabava venerado pela platéia mesmo quando provocava a morte do oponente.

Conjunto de cinco categorias, o pentatlo era disputado em provas de corrida, salto, luta, arremesso de disco e arremesso de dardo. Respectivamente, corridas e lutas abriam e encerravam o conjunto de provas – com algumas regras próprias, ambas categorias também eram disputadas fora do pentatlo. Na corrida, a distância mais curta envolvia um trajeto de cerca de 200 metros, equivalente ao comprimento dos estádios.

Na mais longa, os atletas disputavam a liderança em 24 voltas pelo perímetro do local ou 5 mil metros.

Os jogos da Antiguidade eram violentos. Muitas vezes, serviram para simular batalhas militares. A morte de atletas chegou a ser registrada. A despeito das condições climáticas e mesmo de higiene, sabe-se que os atletas competiam nus. Historiadores antigos registram que essa tradição teria começado em 720 a.C., quando um sujeito chamado Orsipos, de Megara, venceu uma prova de corrida ao notar que sua performance seria melhor se ele abandonasse suas roupas pelo trajeto. A própria palavra “ginástica” tem o termo “nudismo” em seu radical grego gymnos – o que explicaria a proibição de mulheres, fosse como atletas, fosse como espectadoras.

Por mais sangue que tenha sido derramado, os atletas jamais abriram mão de alguma ambição pela vitória. Nem mesmo durante as guerras, ou quando a Grécia esteve sob domínio dos macedônios e dos romanos, as competições esportivas deixaram de ser realizadas. Os jogos, contudo, entraram em declínio na segunda metade do século 4.

sábado, 28 de agosto de 2010

A lenda do Minotauro

Na Mitologia grega, o Minotauro era uma criatura meio homem e meio touro. Ele morava no Labirinto, que foi elaborado e construído por Dédalo, a pedido do rei Minos, de Creta, para manter o Minotauro por lá, bem longe do povo de Creta.

Minotauro é o grego para Touro de Minos. O touro também era conhecido como Asterião (ou Astérios), nome compartilhado com o pai adotivo de Minos.

O Minotauro tinha corpo de homem e a cabeça de touro. Era uma criatura selvagem, e Minos, após receber um conselho do Oráculo de Delfos, mandou Dédalo construir um labirinto gigante para conter o Minotauro.

Este foi localizado sob o palácio de Minos em Cnossos. Porém, ocorreu que Androceu, filho de Minos, foi morto pelos atenienses, que invejaram suas vitórias no festival panatinaico. Para vingar a morte de seu filho, Minos declarou guerra contra Atenas e venceu. Ele então ordenou que sete jovens e sete damas atenienses fossem enviados anualmente para serem devorados pelo Minotauro.

Quando o terceiro sacrifício veio, Teseu voluntariou-se para ir e matar o monstro. Ariadne, filha de Minos, apaixonou-se por Teseu e o ajudou entregando-lhe uma bola de linha de costura para que ele pudesse sair do labirinto. Teseu matou o Minotauro com uma espada mágica que Ariadne havia lhe dado e liderou os outros atenienses para fora do labirinto.

IMAGENS DE TESEU MATANDO O MINOTAURO: