domingo, 25 de julho de 2010

Mumificação

A preparação para uma nova Vida

O processo de mumificação

O processo era levar a múmia para a Casa da Purificação ou Per-nefer, onde o crpo era preparado. Primeiramente o cérebro era extraído pelas cavidades nasais a partir do uso de finas pinças de ferro. Alguns embalsamadores preenchiam a cavidade do cérebro com betume. O cérebro não era preservado.

O próximo passo era remover os órgãos internos a partir de um corte no flanco esquerdo onde, com uma faca de sílex, eram retirados os pulmões, o fígado, estômago e intestinos. O coração era deixado no lugar, pois, segundo a tradição o coração era o lugar aonde residiam as emoções e não podia ser retirado. Após a remoção dos órgãos o corpo erra coberto por um sal conhecido como Natrão, nome dado a proveniência deste sal, Wadi El-Natrun. O corpo então permanecia assim por cerca de 40 dias para desidratar.

Para manter a firmeza da pele uma camada de betume era aplicado sobre ela. Após esta fase o corpo estava pronto para ser coberto com bandagens de linho fino. Eram gastos entre 300 e 500 metros de linho por múmia.


As vísceras, depois de extraídas do corpo do defunto, eram lavadas e embalsamadas. A seguir, eram depositadas em quatro vasos, representando divindades chamadas Filhos de Hórus, que as protegiam da destruição. Esses vasos, com tampas em forma de homem, de macaco, de chacal e de falcão, são conhecidos como vasos Canopos, ou simplesmente vasos de vísceras. Os vasos canopos eram introduzidos em uma caixa que, durante o cortejo fúnebre, era conduzida por um trenó.
IMSET - No vaso com tampa em forma de cabeça humana colocavam o fígado.
HAPI – A cabeça em forma de Babuíno indicava que o vaso guardava os pulmões.
KEBEHSENUEF – O vaso com cabeça de chacal guardava os intestinos.
DUAMUTEF - O vaso com cabeça de falcão guardava o estômago.

Na próxima etapa o corpo era lavado e tratado com óleos aromáticos, bálsamos , goma arábica e cominho. Em certas épocas os órgãos internos eram embalsamados separadamente e colocados em vasos conhecidos como vasos canopos.

Também, de acordo com a época, os olhos eram cobertos com bolas de linho ou então eram extraídos e substituídos por olhos de vidro pintados. A partir de então o corpo era envolvido pelas ataduras, ficando assim todo enfaixado.








O SARCÓFAGO

A múmia era colocada em um sarcófago, que podia ser em pedra, de madeira com materiais preciosos, ou simplesmente de madeira. Inicialmente, os sarcófagos, eram retangulares, porém, mais tarde foram construídos com o formato de ser humano, como o que se pode ver na imagem, que servia para guardar as vísceras de Tutancâmon e faz parte do tesouro desse faraó.



Após os faraós serem sepultados nas pirâmides, as tumbas eram fechadas. Lá dentro ficavam o corpo e os tesouros que o faraó fazia questão de levar consigo. Eles acreditavam que ressuscitariam em outra vida e queriam ter certeza de que lá seriam novamente ricos e poderosos, por isso levavam tudo. Muitas tumbas foram saqueadas por ladrões que levaram todos os tesouros, outras foram encontradas por arqueólogos e os tesouros foram levados para museus, onde estão expostos para a visitação.



Máscara funerária de Tutankâmon

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