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Luzia - O fóssil humano mais antigo das Américas
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A Toca do Boqueirão da Pedra Furada encontra-se a 19 metros acima do nível do vale, protegida por grandes blocos originários do desmoronamento do paredão rochoso. Sua formação deve-se, como em todos os sítios da região, à erosão que cava a base da parede, formando uma projeção que serve de teto.
O processo de formação das camadas arqueológicas deste sítio durou, no mínimo, 60.000 anos. As escavações, iniciadas em 1978, duraram 10 anos e permitiram a descoberta dos mais antigos vestígios, até hoje conhecidos, da presença humana nas Américas: fogueiras estruturadas e uma grande quantidade de artefatos de pedra lascada.
Blocos de parede com pinturas, caídos sobre as camadas arqueológicas, permitiram a datação das mesmas. Os vestígios mais antigos são duas manchas vermelhas datadas de 23.000 anos, dois segmentos paralelos de reta datam de 17.000 anos, enquanto que pinturas representando temas semelhantes aos que subsistem hoje nas paredes, foram pintadas entre 12.000 e 6.000 anos atrás.
Na Toca do Boqueirão do Sítio da Pedra Furada as escavações, iniciadas em 1978, demonstraram que o abrigo foi utilizado pelo homem pré-histórico, pelo menos desde há cerca de 50.000 anos. Os primeiros acampamentos, ocuparam parte da base rochosa próximo à parede do fundo. O local era então protegido do vale por um amontoado de blocos caídos. A medida em que o tempo passava a erosão fazia com que sedimentos desprendidos da parede, cobrissem os vestígios humanos que aí eram depositados de maneira intermitente.
Durante a fase cultural mais antiga, foram construídos grandes fogões circulares utilizando blocos caídos, nos quais se notam ainda leves manchas de pigmento vermelho. Carvões recolhidos em fogões descobertos na mesma camada em que foram encontrados esses blocos puderam ser datados; assim sabemos que, por volta de 23.000 anos atrás, essas populações já aplicavam pigmentos sobre as paredes do abrigo. Um bloco, encontrado ao lado de um fogão datado de 17.000 anos, mostrava duas retas paralelas, sendo esta a primeira manifestação segura da prática da pintura rupestre na área. O esqueleto que você vê logo abaixo foi de um humano que viveu há mais ou menos 9.200 anos.
Nesse sítio foi possível reconstruir a história das ocupações humanas desde há cerca de 60.000 anos até 6.000 anos atrás,.mudando completamente o rumo da conversa sobre história e pré-escrita, estudadas ao longo de muitos anos.
Todos os povos originários da área do Parque Nacional foram exterminados pelos conquistadores brancos e deles, hoje, só nos resta o que a arqueologia consegue descobrir.
Sambaquis são montes compostos de moluscos (de origem marinha, terrestre ou de água salobra), esqueletos de seres pré-históricos, ossos humanos, conchas e utensílios feitos de pedra ou ossos. É resultado de ações humanas, ou seja, são montes artificiais, com dimensões e formas variadas.
A palavra “sambaquis” tem origem Tupi, e é a mistura das palavras tamba (conchas) e ki (amontoado).
Os sambaquis são locais muito antigos, onde os homens comiam moluscos em grandes grupos. O formato dos sambaquis vão dos cônicos aos semi-esféricos. Dependo da região, são conhecidos por casqueiros, concheiros ou berbigueiros.
No Brasil, existem sambaquis em vários pontos do litoral brasileiro, sendo que em Santa Catarina estão os maiores sambaquis do mundo. Nesse estado, existem sambaquis em todo o litoral, que chegam a ter 25 metros de altura e centenas de metros de extensão. Tem idade aproximada de 5.000 anos. Em nosso país existem sambaquis inclusive no baixo Amazonas e no Xingu.
Dentre os utensílios encontrados nos sambaquis brasileiros, muitos são feitos em rocha, como os quebra-cocos, facas, machados de diabásio semipolido, raspadores e pontas. Os anzóis, furadores, pontas de flechas e arpões encontrados são feitos de ossos.
As explicações possíveis quanto à finalidade dos sambaquis são diversas. Para alguns pesquisadores, eles seriam depósitos dos restos de alimentos, de carcaças e ossadas de animais, servindo também, não se sabe por que, como abrigo de sepulturas de humanos. Os sambaquis não eram utilizados como moradias.
Existem pesquisadores que defendem que os sambaquis serviam como acampamentos temporários. Para outros pesquisadores, os sambaquis seriam habitações temporárias, o que explicaria a presença de sepulturas. Servia também, nessa versão, como depósito de materiais.
Apesar de serem um patrimônio histórico, verdadeiros crimes ambientais destruíram parte dos sambaquis brasileiros, como construções irregulares em áreas protegidas e a extração de cal por industrias inescrupulosas.
Fonte: http://www.infoescola.com/arqueologia/sambaqui/
A Polinésia é um conjunto de ilhas no Oceano Pacífico. Abrange uma superfície oceânica enorme, tem em conjunto 298.000 km² de área e 4,5 milhões de habitantes. A maior parte das ilhas pertence aos Estados Unidos, à Nova Zelândia , à França e ao Chile .
Muitas destas ilhas desempenham um importante papel estratégico, como bases navais ou aéreas. Quase todas têm uma economia pouco desenvolvida, que se baseia na agricultura de subsistência e numa modesta agricultura comercial. A excepção constitui as ilhas do Havaí, que, por possuírem uma economia baseada no turismo americano, gozam de grande prosperidade